Análise da Atividade de Psicólogos nas Prisões: Uma Leitura Clínica do Trabalho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2024.83398

Palavras-chave:

psicologia, sistema prisional, clínicas do trabalho, direitos humanos, ética

Resumo

O presente artigo constitui um relato de pesquisa e aborda a atuação de psicólogos em prisões, considerando a instituição prisional como violadora de direitos humanos fundamentais e como incapaz de contribuir para a integração dos encarcerados à sociedade. Nesse contexto, os psicólogos enfrentam obstáculos ligados à dinâmica da segurança e do punitivismo. A formação insuficiente e as contradições presentes em suas atividades relacionam-se com conflitos identitários e levam, muitas vezes, à burocratização do trabalho, resultando na naturalização das violações dos direitos dos encarcerados. Esta pesquisa, realizada com 30 profissionais da Psicologia, busca compreender os sentidos atribuídos por eles às suas atividades, analisando seus papéis na instituição e suas experiências ao lidarem com indivíduos considerados irrecuperáveis pela sociedade. A coleta de dados envolve análise documental, observação participante, entrevistas individuais semiestruturadas e grupos de discussão. Os resultados destacam a necessidade de espaços coletivos de discussão - qualificada e crítica - sobre a atividade para promover a saúde dos psicólogos, bem como o desenvolvimento do poder de agir e o estabelecimento de alianças externas ao ambiente prisional.

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Publicado

18-12-2024

Como Citar

Monteiro, R. P., Miranda e Silva, L. de, Vieira, C. E. C., Fonseca, J. C. de F., & Araújo, J. N. G. de. (2024). Análise da Atividade de Psicólogos nas Prisões: Uma Leitura Clínica do Trabalho. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 24. https://doi.org/10.12957/epp.2024.83398

Edição

Seção

Dossiê Práticas Psi em espaços de privação e restrição de liberdade