Vivências do Racismo Anti-Indígena Contra Mulheres Graduandas da UFAM
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2025.82643Palavras-chave:
racismo anti-indígena, indígena, mulher, universidade, racismo religiosoResumo
Ao lidar com o preconceito e discriminação contra a pessoa indígena, a literatura a tem nomeado como racismo anti-indígena, fenômeno que também acontece entre estudantes universitários(as). Nosso objetivo foi analisar sob viés psicossocial as vivências de racismo anti-indígena relatadas por graduandas indígenas da Universidade Federal do Amazonas durante sua escolarização e na graduação. Por pesquisa qualitativa, com entrevista narrativa aberta, participaram quatro alunas autodeclaradas das etnias Baniwa, Mura, Sateré-Maué e Yanomami. Após análise de conteúdo temática, chegamos às categorias: choque cultural com a escolarização e universidade; questionamentos às cotas e identidade indígena; aparência e beleza; silenciamento da língua e heteroidentificação. Verificamos que os episódios de racismo anti-indígena pelo preconceito, discriminação e humilhação social geraram sofrimento e não reconhecimento das estudantes. Concluímos que o ambiente universitário ainda não é um local plenamente acolhedor ou respeitador das diferenças, mas sim um lugar reprodutor dos padrões ocidentais etnocêntricos de estética, privilégios e de saberes.
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