Pulsão de Morte e Sublimação: A (Re)invenção da Vida nas Dobras da Racionalidade Técnico-Científica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2023.80371

Palavras-chave:

pulsão de morte, sublimação, novas tecnologias reprodutivas, técnica, psicanálise

Resumo

O advento das biotecnologias no mundo contemporâneo, em particular das Novas Tecnologias Reprodutivas (NTR's), liberando a sexualidade dos antigos imperativos da procriação, nos oferece uma prova contundente da abertura ilimitada da vida à transformação das condições em que as normas vitais engajam os organismos no processo de individuação. Mais do que isso, evidencia o caráter essencialmente contingente da ligação entre vida, morte e sexualidade. O objetivo deste trabalho é examinar a fecundidade da concepção freudiana de sublimação - lida sob o registro das transformações que a ela se impõem com o advento do conceito de pulsão de morte (1920) - em subsidiar uma reflexão ética e política acerca dos efeitos da incidência das Novas Tecnologias Reprodutivas (NTR's) nos campos da reprodução, da sexualidade e do laço social. Nossa hipótese é a de que o fenômeno das biotecnologias desvela, sob a cobertura do temor, tão frequentemente evocado por alguns de nossos contemporâneos, de dilapidação das instituições e dos modos de vida sobre os quais acreditávamos poder fundar nossa fantasmática "humanidade", a infinita potência da vida em recriar-se diante d'isso que quer destruí-la.

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Publicado

11-12-2023

Como Citar

Lagoas, J. (2023). Pulsão de Morte e Sublimação: A (Re)invenção da Vida nas Dobras da Racionalidade Técnico-Científica. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 23(4), 1506–1521. https://doi.org/10.12957/epp.2023.80371

Edição

Seção

Dossiê Psicanálise e Política: a insistência do real