A Colonização da Adolescência e sua Subversão pela Psicanálise

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2023.80175

Palavras-chave:

adolescência, decolonialidade, psicanálise, biopolítica, necropolítica

Resumo

O presente artigo possui o objetivo de, a partir de uma investigação teórica de textos sociais e psicanalíticos, analisar como a adolescência aparece, na modernidade, como um privilegiado produto político da colonização. Associamos à emergência dessa idade da vida, a biopolítica e a necropolítica, sendo a primeira um conceito de Michel Foucault e a segunda, de Achille Mbembe. Igualmente, analisamos como que o significante "adolescência" é interceptado por diferentes significados violentos, os quais deslocam-se inversamente e abaixo da cadeia de significantes, e que aprisionam os adolescentes em sentidos colonizadores, impondo-lhes um processo de destituição subjetiva. Recorremos às contribuições de Glória Anzaldúa e do psicanalista Jacques Lacan, para indicar uma outra identidade adolescente possível a qual prima pela proposição de novos significados e pelo deslocamento metonímico do significante, opondo-se àquela forjada pela colonização. Assim, indicamos como que a Psicanálise pode ser uma opção viável para a subversão da colonização da adolescência, privilegiando o sujeito e o desejo.

Downloads

Publicado

11-12-2023

Como Citar

Pereira, S., & Maesso, M. (2023). A Colonização da Adolescência e sua Subversão pela Psicanálise. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 23(4), 1349–1364. https://doi.org/10.12957/epp.2023.80175

Edição

Seção

Dossiê Psicanálise e Política: a insistência do real