Cultura Psicanalítica e Revolução Sexual nas Histórias em Quadrinhos nos Estados Unidos nos anos 1970

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2023.79281

Palavras-chave:

cultura psicanalítica, histórias em quadrinhos, psicanálise, contracultura, revolução sexual

Resumo

Este artigo parte do conceito de cultura psicanalítica para promover o debate sobre a construção das subjetividades na década de 1970 nos Estados Unidos. Sistematizado pelo psicanalista Sérvulo Figueira, este conceito se refere à maneira como ideias vindas da psicanálise integraram esferas artísticas, publicitárias, jornalísticas, entre outras, influenciando e sendo influenciadas pela cultura de cada local onde foi apropriada. Esse fenômeno permitiu a construção de modos científicos e populares de interpretações acerca do sofrimento e da construção das subjetividades. O artigo direciona suas lentes à obra da artista estadunidense Aline Kominsky (1948-2022), publicada em meio aos debates sobre a revolução sexual dos anos 1970. A artista fez parte de uma geração que, inserida no contexto da contracultura, produziu e distribuiu histórias em quadrinhos que contestavam as normas sociais estabelecidas, o modelo de família nuclear patriarcal e reivindicava o afrouxamento das normas sexuais. A análise de sua obra, portanto, nos permite pensar as maneiras pelas quais a artista buscou em ideias psicanalíticas, as ferramentas ideais para contestar as instituições sociais, bem como construir propostas sobre novos modelos civilizacionais menos opressivos com base numa ressignificação da sexualidade.

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Publicado

23-10-2023

Como Citar

Santos, D. (2023). Cultura Psicanalítica e Revolução Sexual nas Histórias em Quadrinhos nos Estados Unidos nos anos 1970. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 23(3), 1134–1151. https://doi.org/10.12957/epp.2023.79281

Edição

Seção

Clio-Psyché