Mulheres Invisibilizadas: A Experiência Afetiva de Entrega de um Filho para Adoção
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2024.78066Palavras-chave:
adoção, mulheres, infância, direitosResumo
A entrega de um filho para adoção passou a ser mediada pelo Poder Judiciário a partir da Lei 12.010 de 2009, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente. O objetivo desta pesquisa foi analisar essa experiência sob a perspectiva das mulheres. Foi escolhida a metodologia qualitativa, valendo-se da história oral, com depoimentos acessados por entrevistas semiestruturadas e análise documental. Participaram da pesquisa quatro mulheres que entregaram os filhos para adoção na Vara da Infância e da Juventude em uma comarca do interior do Paraná. Os dados foram analisados a partir de três eixos: 1) a instituição maternidade; 2) os controles que marcam a experiência; e 3) os desdobramentos afetivos da invisibilidade das mulheres. Como resultado, foi possível compreender que os afetos vivenciados pelas participantes nessa experiência são múltiplos: arrependimento, sofrimento e autocensura, mas também inclinações potencializadoras como alegria, cuidado e expectativa pelo futuro reencontro com o filho. Concluiu-se que sustentar a diversidade de afetos manifestos nessa delicada experiência requer a formação de profissionais atentos e sensíveis à diversidade humana.
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