Onde Vivem os Monstros? Enlaces entre Cinema, Adolescência e Horror
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2023.75302Palavras-chave:
adolescência, cinema, horror, culturaResumo
Partindo da ideia de Stephen King de que as produções de horror servem como um barômetro muito preciso que aponta aquilo que aterroriza uma sociedade, este artigo tem como objetivo propor uma reflexão acerca dos enlaces entre adolescência, cinema e horror, no momento em que a adolescência como categoria social se consolida, isto é, nos anos 1950. Para isso, realizamos uma revisão bibliográfica sobre a relação entre horror, monstruosidade e cultura, assim como sobre o desenvolvimento dos gêneros cinematográficos horror e teen movies. Também realizamos sucintas análises fílmicas de algumas obras importantes na história desses gêneros cinematográficos. Observamos que, se, por um lado, com o surgimento dos teen movies, as telas do cinema passam a ser habitadas por monstros adolescentes, por outro, os discursos com pretensão de cientificidade nos falam sobre uma adolescência monstruosa. A partir disso, concluímos que talvez haja uma intrigante equivalência cultural entre adolescência e monstruosidade: tanto monstros quanto adolescentes trazem à luz algumas questões fundamentais para o ser humano, encarnam aquilo para o que não temos resposta, apontam os limites do saber.Publicado
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