Escrever, elaborar, experienciar: o estatuto da escrita na clínica psicológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/epp.2024.63575

Palavras-chave:

escrita, linguagem escrita, habilidades para escrita, métodos de observação, clínica.

Resumo

Embora a escrita seja uma dimensão fundante na formação em Psicologia e atravesse de modo constante a atuação profissional, essa vertente tem sido frequentemente negligenciada ou debatida em seu caráter mais automatizado e técnico, como ocorre na escrita científica, na produção de relatórios e na construção de laudos psicológicos, por exemplo. Tal enfoque posiciona a escrita a serviço de uma lógica instrumental, um produto. Ainda é incipiente a discussão acerca da escrita enquanto produção de cuidado e como espaço potente, que tem uma função organizadora tanto para o desenvolvimento profissional como para a promoção de uma atuação compromissada com a defesa da vida. Discutindo a função constitutiva da escrita a partir do método Bick de observação da relação mãe-bebê na família e do registro de atendimentos psicoterápicos, este ensaio problematiza a escrita como um espaço articulador do pensamento clínico e não meramente como instrumento para a atuação profissional. Endereçamentos acerca desse argumento são apresentados e tensionados.

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Publicado

12-01-2024

Como Citar

Scorsolini-Comin, F., & Santos, M. A. dos. (2024). Escrever, elaborar, experienciar: o estatuto da escrita na clínica psicológica. Estudos E Pesquisas Em Psicologia, 24. https://doi.org/10.12957/epp.2024.63575

Edição

Seção

Psicologia Clínica e Psicanálise