Educação medicalizada: Estudo sobre o diagnóstico de TDAH em um dispositivo de saúde
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2016.32957Palavras-chave:
medicalização, infância, transtorno, hiperatividadeResumo
O presente trabalho teve como objetivo pesquisar, a partir da análise de prontuários de crianças e adolescentes de um serviço de saúde mental, as principais características daquela população com queixas relacionadas às dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento escolar, com especial atenção aos aspectos relacionados à classificação diagnóstica: ao encaminhamento escolar, ao gênero e à faixa etária. A pesquisa foi realizada em um dispositivo de saúde de uma cidade no interior paulista, onde foi selecionada uma amostra aleatória de 121 prontuários de crianças e adolescentes, na faixa etária entre seis e 15 anos de idade, do gênero feminino e masculino. Os dados mostram que a maioria das crianças encaminhadas ao serviço, cerca de 80%, foi diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A maioria daquela população, 88%, está na faixa etária entre seis e 10 anos de idade e 90% são do sexo masculino. Conclui-se que a determinação dos diagnósticos de TDAH está vinculada a uma medicina higienista que, atualmente, sob os discursos biológicos e neuroquímicos relacionados ao dispositivo da medicalização, pretende solucionar alguns dos conflitos existentes nos espaços educacionais e descarta qualquer compreensão sobre a diversidade e pluralidade da existência humana.Downloads
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