Du nom-du-pere au sinthome: Lacan et la religion
Keywords:
Religião, Outro, Nome-do-Pai, Sujeito suposto saber, Sinthome, AteismoAbstract
Freud não foi somente o descobridor do inconsciente e o inventor da psicanálise. Ele também foi o analista e crítico das instituições sociais e culturais, entre elas a religião tomada como um objeto exterior em relação ao próprio Freud, como também à psicanálise. No entrecruzamento da subjetividade individual com a psicologia das massas, da neurose obsessiva com os ritos coletivos, ele identificou no cerne da religião a relação com o pai - o amor pelo Pai - e derivou disso o estatuto analítico: a religião é uma ilusão. Lacan foi mais longe ao partir de um outro ponto, diferente do da exterioridade da religião em relação à psicanálise. Lacan não somente percebe, atrás do cientismo de Freud, um "desejo" de salvar o Pai, como também se dá conta de que os próprios conceitos com os quais é construída a teoria da experiência analítica (Outro, sujeito, transferência, Nome-do-Pai) atestam o caráter religioso do sujeito da ciência e, portanto, possivelmente também da psicanálise. Eis a razão pela qual ele levará a psicanálise em intensão "para além do complexo de Édipo" e estabelecerá como fim da experiência a identificação com o sinthome, única via para se atingir um ateismo viável e verdadeiro. O presente artigo visa situar, apresentar e examinar a especificidade da religião no ensino de Lacan, assim como esclarecer suas conseqüências analíticas.Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
COPYRIGHT:
Studies and Research in Psychology automatically holds the copyright deriving from the publication of the works. The full or partial reproduction of each text (over 500 words of the original text) must be requested in writing to the Editor.
Studies and Research in Psychology Journal is licensed under Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs.
Permissions beyond the scope of this license might be available at http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/ revispsi/.