A REFORMA DO ENSINO MÉDIO, O TRABALHO E A CAPTURA DO FUTURO PELA LÓGICA DO MERCADO
DOI:
https://doi.org/10.12957/rdciv.2025.92624Resumo
Este artigo analisa, sob a ótica do materialismo histórico-dialético, a reforma do Ensino Médio (Lei nº 13.415/2017) como um projeto de classe que ajusta a educação brasileira às necessidades da atual fase de acumulação do capital. O objetivo é desvelar como a reforma subordina a formação da juventude à lógica do mercado, em detrimento da cidadania e de uma formação integral. A metodologia consiste em uma pesquisa documental, com análise crítica da referida lei e do Documento Curricular Referencial da Bahia para o Ensino Médio (DCRB-EM), fundamentada em teóricos marxistas como Gaudêncio Frigotto e Ricardo Antunes. Os resultados indicam que a reforma, sob um discurso de flexibilidade e empregabilidade, promove o esvaziamento do conhecimento crítico e aprofunda a precarização do trabalho. A análise do caso baiano e da terminologia de seu currículo, com alta frequência de termos como habilidade e competência, revela a materialização de uma educação instrumental que prepara para a instabilidade e a uberização. Conclui-se que o Novo Ensino Médio opera como uma ferramenta ideológica para a reprodução das relações sociais capitalistas, alienando o estudante e adequando-o a um futuro de trabalho precarizado.
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