"Quem só passa de carro não conhece nada daqui": considerações sobre cotidiano, desigualdade e sociabilidade no Bexiga (SP) contemporâneo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/rdc.2023.61872

Palavras-chave:

pertencimento, sociabilidade, identidade, cotidiano, segregação.

Resumo

O artigo tem como objetivo o estudo das relações de pertencimento e das percepções do espaço no Bexiga, Distrito da Bela Vista, região central de São Paulo, no início do século XXI. Para isso, tem como método entrevistas qualitativas com moradores, observação participante e a articulação de referências da literatura dos estudos urbanos e dos Estudos Culturais. Os resultados mostram vivências complexas e permanências no tempo, 140 anos após a fundação do Bairro e após décadas de espoliação urbana e transformações, destacando-se nesse panorama as assimetrias de acessos, a formação de comunidades, a existência de territórios, a importância das relações e o protagonismo da rua. Observa-se que as experiências transcorridas ali disputam um imaginário e uma identidade de centro – ou de bairro como um produto turístico, sem contradições – continuamente forjados para a Cidade. O artigo tem como principal contribuição considerações sobre o papel do espaço vivido e das práticas da rotina no tensionamento de discursos hegemônicos sobre São Paulo.

Biografia do Autor

Adriana Casarotto Terra, Universidade de São Paulo

Mestra em Filosofia pelo programa de Estudos Culturais da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.

Madalena Pedroso Aulicino, Universidade de São Paulo

Professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.

Mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1994) e Doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2004).

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Publicado

2023-12-04

Como Citar

Terra, A. C., & Aulicino, M. P. (2023). "Quem só passa de carro não conhece nada daqui": considerações sobre cotidiano, desigualdade e sociabilidade no Bexiga (SP) contemporâneo. Revista De Direito Da Cidade, 15(2), 944–967. https://doi.org/10.12957/rdc.2023.61872