COMUNICAÇÃO, RESISTÊNCIA E NÃO VIOLÊNCIA: AS NARRATIVAS HISTÓRICAS DA RÁDIO COMUNITÁRIA CAMPONESA "PALMARES"
DOI:
https://doi.org/10.12957/rcd.2019.40828Palabras clave:
Comunicação, Resistência, Não Violência, Narrativa Histórica, Rádio Palmares.Resumen
O presente artigo desenvolve a análise da narrativa histórica da Rádio Comunitária Camponesa “Palmares FM 106,3” do assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) em Parauapebas, região sudeste do Pará. Para isso utilizamos a matriz metodológica colaborativa e não-extrativista, a partir do corpus de análise de fevereiro de 2019. Como resultados e discussões compreendemos as associações de resistência cultural e política da Rádio Palmares com as fundamentações sobre a importância da comunicação dialógica nas concepções de Freire (1971) e o uso da não violência, baseando-se nas teorias de Muller (2007). Nas considerações finais problematizamos a discussão do potencial dialógico, ativo e de resistência não violenta da história da Rádio Comunitária e de sua importância para o movimento social camponês, numa região pulsante de diversidade e de interesses divergentes.
Citas
BARBOSA, Alexandre. A comunicação do MST: uma ação política contra-hegemônica. Tese (Doutorado em Interfaces Sociais da Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. Disponível em: Acesso em: 15 de março de 2019.
BECKEC, S. Howard. Método de Pesquisa em Ciências Sociais (Tradução Marcos Estevão e Renato Aguiar). São Paulo: Hucitec, 1999.
BRIGEL, Fabiano de Oliveira. Fronteiras Agrárias Intermitentes e processo de territorialização do campesinato na Amazônia: uma análise comparativa de projetos de assentamentos no sudeste e sudoeste do Pará. Tese de doutorado, 2015. UFPE. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16974. Acessado em: 16 de março de 2019.
FAZANELLO, Marina Tarnowski; NUNES, João Arriscado; PORTO, Marcelo Firpo de Souza. Metodologias colaborativas não extrativistas e comunicação: articulando criativamente saberes e sentidos para a emancipação social. Revista Eletrônica de Comunicação & Inovação e Saúde. V. 12, N. 4. Rio de Janeiro, 2018. Disponível em
https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/.../1527. Acesso em: 15 de março de 2019.
FERNANDES, Bernardo Mançano. A Formação do MST no Brasil. Rio de Janeiro. Vozes, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 48ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2014.
¬¬____________. Extensão ou comunicação? Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1971.
HABERMAS, J. The theory of communicative action. Vol 1. Reason and the rationalization of society. Boston, Beacon Press, 1984.
LIMA, Vinicius A. de. Comunicação e Cultura: as ideias de Paulo Freire. Brasília. Editora da UNB e Fundação Perseu Abramo, 2015.
MARTINS, José de Souza. Educação e cultura nas lutas do campo (reflexão sobre uma pedagogia do conflito). In. ALBA, Maria Zaluar et. al. Sociedade Civil e Educação. São Paulo: Papirus, Cedes, 1992.
MOTTA, Edilson. A população indígena de Parauapebas. Disponível em: https://www.slideshare.net/adilsonmottam/populao-indgena-de-parauapebas. Acesso em: 15 de março de 2019.
MULLER, Jean-Marie. O princípio da não-violência. Uma trajetória filosófica. Trad. Inês Polegato. São Paulo: Palas Athena, 2007.
NAASE, Karin Marita. Recursos naturais, espaço social e estratégias de vida em assentamentos da reforma agrária na Amazônia brasileira (Sudeste Paraense). Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Ciênc. hum. vol.5 no.1 Belém Jan./Apr. 2010.
PERUZZO, Cicilia M.K. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 2004.
____________. Direito à Comunicação Comunitária, Participação Popular e Cidadania. Revista do Programa de Pós-graduação em Comunicação Universidade Federal de Juiz de Fora/UFJF. Vol.1, n.1, Junho de 2007. Disponível em: www.ppgcomufjf.bem-vindo.net/lumina. Acesso em: 15 de março de 2019.
____________. Comunicação nos movimentos sociais: o exercício de uma nova perspectiva de direitos humanos. Revista Contemporânea, comunicação e cultura. Bahia: UFBA/POSCOM, v.11, n.1, p.138-158, 2013. Disponível em: http://www.portalseer.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/6980. Acesso em: 15 de março de 2019.
____________. Movimentos sociais, cidadania e o direito à comunicação comunitária nas políticas públicas. Revista Fronteiras. São Leopoldo: UNISINOS, v.11, n.1, p.33-43, 2009. Disponível em:
http://revistas.unisinos.br/index.php/fronteiras/article/view/5039. Acesso em: 15 de março de 2019.
QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder e classificação social. In. SANTOS, Boaventura de Sousa & MENEZES, Maria Paula. Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2010.
Relatório da APROCPAR sobre a Rádio Palmares, Parauapebas, Assentamento Palmares, 2017. (Disponível na pesquisa de campo realizada).
SENNETT, Richard. Juntos. Os rituais, os prazeres e a política da cooperação. Rio de Janeiro: Record, 2012.
SILVA, Salyanna de Souza. Contribuições acerca do tema classes subalternas em Gramsci. In: Jornada Internacional de Estudos e Pesquisas em Antonio Gramsci e VII Jornada Regional de Estudos e Pesquisas em Antonio Gramsci Práxis, Formação Humana e a Luta por uma Nova Hegemonia, 2016, Fortaleza. Anais ... Fortaleza: Editora Jornada, 2016.
VELHO, Otávio. Frentes de expansão e estrutura agrária: estudo do processo de penetração numa área da Transamazônica. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2009.
VERDE, Rodrigo Braga da Rocha Villa; FERNANDES, Francisco Rego Chaves. Panorama sócio-espacial de Parauapebas (PA) após a implantação da Mina de Ferro Carajás. Disponível em: http://verbetes.cetem.gov.br/verbetes/ExibeVerbete.aspx?verid=79, acessado em 15 de março de 2019.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los derechos autorales de los artículos publicados en la Revista de Comunicación Dialógica pertenecen a su(s) respectivo(s) autor(es), cediéndose los derechos de primera publicación a la Revista. Cada vez que se cita un artículo, se replica en repositorios institucionales y/o páginas personales o profesionales, se debe presentar un enlace al artículo disponible en el sitio web del RCD. La Revista de Comunicação Dialógica está sujeta a una Licencia Creative Commons (by-nc-nd).