A colonialidade das novas tecnologias: uma proposta de giro decolonial na era da inteligência artificial
DOI:
https://doi.org/10.12957/rqi.2024.81884Palavras-chave:
Colonialidade, Colonialismo digital, Decolonialismo, IA, Novas tecnologiasResumo
O presente artigo objetiva estudar os aspectos e as características fundamentais sobre colonialidade, decolonialidade e suas relações com a era da IA e das novas tecnologias, contexto também nomeado de colonialismo digital. Parte da hipótese de que as novas tecnologias da informação e comunicação, incluindo os sistemas de IA, por estarem inseridos em um cenário de dominação colonial do Norte global, representado pelos Estados Unidos da América através de suas grandes companhias (big techs), reproduzem a discriminação, o racismo e a exploração capitalista característicos da modernidade, bem como extraem abusivamente dados de indivíduos, ensejando discussões regulatórias com parâmetros unilaterais e excludentes. Isso expõe a necessidade de projetos decoloniais, tais como o giro decolonial proposto por Maldonado-Torres ainda na era pré-digital. A partir disso, discorre-se sobre a manutenção do estado de colonialismo e colonialidade, conceitua-se os seus termos ao contextualizá-los para o digital. Ainda, demonstram-se os riscos da inserção dos sistemas de IA, principalmente em razão do viés algorítmico. Por fim, busca-se atualizar o giro decolonial conforme necessidades apresentadas pelo desenvolvimento da IA, apoiado pela analítica do saber, do ser e do poder. Metodologicamente, trata-se de pesquisa exploratória, com procedimento hipotético-dedutivo, abordagem qualitativa e transdisciplinar e técnica de pesquisa de revisão bibliográfica.
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