INFREQUÊNCIA E EVASÃO ESCOLAR:
uma análise dos casos registrados pelo conselho tutelar no período da pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2025.87864Palavras-chave:
Evasão escolar;, Infrequência escolar;, Conselho tutelar;, Pandemia da COVID-19.Resumo
No período que compreende os anos de 2020 a 2022, de forma mais incisiva, instaurou-se a pandemia da COVID-19, a qual repercutiu nos mais variados níveis da vida social. O distanciamento social, por assim dizer, reconfigurou momentaneamente – mas com reverberações para a construção histórico-social - as relações sociais, tanto em atividades esporádicas, quanto naquelas ações mais cotidianas da vida social, como é o caso do “ir/estar à/na escola”. Tais impactos necessitam ser tomados como objeto de estudo, com a finalidade de compreender os processos concretos, identificar os aspectos que configuram a realidade e, caso necessário, elaborar respostas concretas ao enfrentamento de suas implicações. Dessa maneira, tivemos como objetivo geral analisar o cenário de infrequência e evasão escolar comunicadas ao Conselho Tutelar 4 (Oeste), de Campina Grande – Paraíba, registradas no período da pandemia da COVID-19 (2020 a 2022). Para tanto, consideramos as comunicações de infrequência e evasão do espaço escolar registradas e que, após a intervenção do referido Conselho, foram constatadas como procedentes. Dentre as variáveis consideradas para a análise, podemos destacar a faixa etária, o sexo e o bairro de residência. Debruçamo-nos analiticamente sobre os dados registrados pelo CT 4 e identificamos que, mediante as incertezas geradas no período da pandemia, bem como o aligeiramento na construção do modelo remoto, diante da urgência de saúde pública posta naquele período, os casos de infrequência e evasão escolar foram subnotificados.
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