OS (DES)CAMINHOS DO “DESENVOLVIMENTO” E SEUS IMPACTOS NA SOCIEDADE E NA EDUCAÇÃO DE JURUTI-PA
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2025.84711Palavras-chave:
Freiras franciscanas; , Exploração da Amazônia; , Riquezas naturais.Resumo
Este artigo aborda como a exploração econômica da Amazônia não se reflete em benefícios para as comunidades, corrompe lideranças e dissimula intenções lucrativas de entidades chamadas de Organizações Não Governamentais (terceiro setor). Este recorte faz parte da pesquisa de doutorado sobre a atuação social e político-educacional das freiras franciscanas na cidade de Juruti, extremo oeste do estado do Pará, Mesoregião do Baixo Amazonas (1970 a 1992). No primeiro momento, tratamos sobre a exploração econômica dos recursos naturais de Juruti, fazendo um comparativo sobre a devastação da árvore pau-rosa, no início do século XX, com a extração do minério de bauxita e as consequências para a sociedade local. No segundo momento, evidenciamos as incoerências das lideranças dos movimentos de contraposição social que foram corrompidas pelo dinheiro. E a última parte contempla as disfarçadas intenções de mercado nas atividades das empresas do terceiro setor ligadas a empreendimentos de mineração. Cada parte deste artigo terá como referência uma localidade onde funciona ou funcionou uma escola de educação infantil gerida pelas freiras franciscanas. A primeira será a Escola de Educação Infantil Terra Preta (desativada), localizada na comunidade rural com o mesmo nome da escola; depois a Escola de Educação Infantil Esperança, localizada na Vila Rural de Muirapinima (em atividade); e, por fim, a Escola São Francisco, localizada no bairro Palmeiras, perímetro urbano (em atividade).
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