“DO CAMPO, DAS ÁGUAS E DAS FLORESTAS”:
para onde segue o egresso do curso de Educação do Campo da UFPA – Campus de Abaetetuba?
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2025.84099Palavras-chave:
Concursos públicos; , Empregabilidade; , Formação acadêmica; , Sujeitos do campo.Resumo
A história da Educação do Campo no Brasil concerne aos processos de lutas dos movimentos sociais na perspectiva de que o campo tenha uma educação que englobe as suas demandas. O presente artigo faz uma análise do campo de atuação dos egressos do curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFPA – Campus de Abaetetuba. No processo de investigação participaram 55 (cinquenta e cinco) egressos do curso das turmas de 2011 a 2015, que responderam a um formulário online, enviados por meio eletrônico a todos os egressos do curso. Como base teórica foram utilizados estudos relacionados à história da educação do campo no Brasil de autores como: Silva (2017), Leite (1999), Souza (2006) e outros; o processo de criação do Curso de Educação do Campo no Estado do Pará, como: Hage (2015), Molina (2014), Pereira (2019); a atuação de egressos da licenciatura abordada por: Brito e Molina (2016), Sopelsa et al (2012), Arroyo (2007) entre outros. A pesquisa é embasada na metodologia qualitativa e para coleta de dados utilizou-se de questionário semiestruturado e os dados obtidos foram analisados a partir de uma abordagem quantitativa. Neste estudo, os egressos expressaram a importância do curso de Educação do Campo como uma licenciatura promissora para a formação de sujeitos do campo; entretanto, manifestam suas insatisfações atreladas ao processo de empregabilidade, que está diretamente relacionada à falta de vagas específicas para essa formação acadêmica nos concursos públicos.
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