BORBULHANDO ARTEFATOS CULTURAIS EM PROCESSOS EDUCATIVOS NUMA PESQUISA NA EDUCAÇAO INFANTIL:
constituições de subjetividades de crianças pequenas.
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2024.82662Palavras-chave:
Sociologia das Infâncias, Imaginário, Artefatos Culturais, Crianças PequenasResumo
Os artefatos culturais, por serem criações humanas, são indiscutivelmente amplos, complexos, diversificados e por isso mesmo valorosos suportes para e nos processos educativos institucionais e não institucionais. Este artigo se propõe a apresentar e discutir três artefatos culturais que borbulharam em três instituições de Educação Infantil com a mediação de educadoras atuantes nessas instituições. O contexto dessa ebulição foi na pesquisa aprovada pela Fapemig intitulada: Políticas Públicas para a Educação Infantil e os processos educativos nos municípios que integram o Fórum Sul Mineiro de Educação Infantil. O material empírico que será problematizado contemplará as experiências das educadoras e crianças: 1. com o filme Divertida Mente, dirigido por Keslsey Mann (2024); 2. um casulo encontrado pelas crianças na área externa de um Centro de Educação Infantil e 3. uma brincadeira com o parto de uma boneca no espaço de uma brinquedoteca. Os referenciais teóricos que subsidiaram essas discussões se inscrevem no âmbito da Sociologia das Infâncias, dos Estudos Culturais e da Filosofia de Gaston Bachelard em relação às questões do Imaginário, da Razão e do Conhecimento, bem como dos Estudos Culturais com ênfase nos artefatos culturais. A criança como sujeito de direitos é um ser em constituição de sua subjetividade e consiste centralidade em nossas reflexões. Também consideramos que a razão e a imaginação, no sentido bachelardiano, são potentes elementos estruturantes e estruturadores da própria condição humana e serão problematizados a partir das experiências advindas da pesquisa em tela.
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