O PAPEL DA TECNOLOGIA ASSISTIVA NA MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Desafios e Perspectivas para a Prática do Ensino Inclusivo
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2024.80021Palavras-chave:
Tecnologia Assistiva, Educação Inclusiva, Mediação Pedagógica, Formação ContinuadaResumo
A presença das tecnologias e das telecomunicações trouxe nova dinâmica sobre a forma de comunicar, informar e, sobretudo, aprender. A partir das novas linguagens, meios de comunicação e das novas metodologias, o papel do professor volta-se não apenas para a relação professor-aluno, mas, sobretudo, para a relação entre professor-conhecimento-aluno, na qual o docente não é mais visto apenas como transmissor de conhecimentos, mas possuidor de uma atitude e um comportamento de “mediador”, um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos. Nesse contexto, o objetivo desse estudo é apresentar e discutir como as novas metodologias e recursos, a partir da Tecnologia Assistiva (TA), podem colaborar para a melhoria da aprendizagem, envolvendo docentes e discentes. Para subsidiar esse estudo, utilizou-se como recurso metodológico, a pesquisa bibliográfica de cunho exploratório com a finalidade de contribuir para uma análise reflexiva sobre o tema. Tendo como base a pesquisa realizada, foi possível perceber que os recursos e serviços caracterizados como TA, utilizados pelos professores, oferecem várias estratégias pedagógicas que podem otimizar suas práticas, enquanto mediadores do processo e que muitas vezes são imprescindíveis para facilitar, ou até mesmo para superar barreiras físicas e atitudinais que podem dificultar a escolarização, as adaptações curriculares e o desenvolvimento do aluno. Entretanto, em relação aos processos de formação, eles ainda necessitam de inovações e novas dinâmicas de aproveitamento e tem sido uma das grandes preocupações para o desenvolvimento da prática inclusiva.
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