CINEMA E DIVERSIDADE:
a construção de um pensamento emancipatório através da educação libertadora e inclusiva
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2024.76526Palavras-chave:
cinema épico, diversidade, emancipação, educação libertadora e inclusiva, ensino colaborativo.Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar o ensino da Arte emancipatória, mais especificamente o cinema, como possibilidade de promover um pensamento criativo e crítico, de acordo com o teatro épico de Bertolt Brecht e a montagem cinematográfica de Sergei Eisenstein. Além disso, a utilização do ensino colaborativo e suas possibilidades para a construção de um pensamento democrático e inclusivo, através da educação libertadora de Paulo Freire. Para tanto, fez-se uma análise documental das fichas de matrículas e relatórios da coordenação, assistente de coordenação e dois arte-educadores de uma ONG, que atende crianças e adolescentes em um município de Minas Gerais. Ademais, foi realizada a análise fílmica do curta-metragem “O Salto” apresentado ao final do ano de 2022 pelos participantes do projeto. O trabalho colaborativo desenvolvido entre os arte-educadores, através de uma proposta de espaço compartilhado de ensino (dança e artes plásticas) em um ambiente de educação não formal também foi verificado, bem como a possibilidade e importância de ampliar o processo para futuros projetos através de um Ensino Colaborativo bem definido, ao qual norteia-se pelo conceito de Educação Inclusiva e emancipatória. Os sujeitos de pesquisa foram: um professor especialista em dança; já o outro, especialista em Artes Plásticas (cinema). Conclui-se que o ensino da Arte emancipatória através do gênero épico cinematográfico foi atingido. No entanto, para futuros projetos há ressalvas quanto a inserção de ferramentas para a inclusão e a diversidade, como por exemplo, legenda, audiodescrição e janela de Libras.
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