POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA STRICTO SENSU DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS:
MOTIVAÇÕES E PROPOSIÇÕES NAS VOZES DOCENTES
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2024.75622Palavras-chave:
Formação continuada de professores/as; , Profissionalização docente; , Formação em programas stricto sensu;Resumo
Esta pesquisa focou no objeto de estudo: formação continuada stricto sensu, que tem crescido dentro do corpo docente das escolas básicas na Rede Municipal de Educação de Florianópolis - RMEF. É um artigo com o objetivo de expor as motivações dos/as professores/as que realizam essas formações e as proposições deles, a partir dessa. Para tal, como referencial teórico, o método histórico dialético, por entender que o sujeito é resultado do seu meio, logo influencia e sofre influências do seu espaço, pois, a realidade é um todo inacabado e cheio de contradições. O percurso metodológico realizado foi a abordagem qualitativa, tendo como referências Lüdke e André (2013), Lüdke (2015), Gatti e André (2011). Foram realizadas entrevistas com 9 professores/as, de um universo de 125 (7%) e os dados foram investigados com base na análise de conteúdos defendida por Franco (2018). Dentre as motivações para cursar essa formação estão o percurso acadêmico, reflexão da prática e carreira docente. Os dados mostram que, ao término do estudo investigativo, em regra, o docente volta diretamente para seu posto de trabalho, sem cuidados de contextualização ou valorização desses saberes constituídos por parte do grupo gestor local e/ou municipal. Afirma-se que essa política de formação continuada da RPMF é diferenciada, importante e transformadora para o corpo docente, ampliando repertório, flexibilizando olhares e proporcionando maior segurança para a prática educativa.
Palavras-chave: Formação continuada de professores/as; Profissionalização docente; Formação stricto sensu.
Referências
BIANCHETTI, Lucídio; VALLE, Ione Ribeiro; PEREIRA, Gilson R. de M. Pereira. O fim dos intelectuais acadêmicos? Induções da Capes e desafios às associações científicas. Campinas, SP: Autores Associados, 2015. (Coleção Polêmicas do Nosso Tempo).
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referenciais para formação de professores. Brasília: MEC, 1999.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília, Edição Extra, p. 1, 26 jun. 2014.
CHAUÍ, Marilena de Souza. Escritos sobre a universidade. São Paulo: Editora Unesp. 2001.
CORTELLA, Mário Sérgio. Por que fazemos o que fazemos? Aflições vitais sobre o trabalho, carreira e realização. São Paulo: Planeta, 2017.
DAVOGLIO, Tárcia Rita; SANTOS, Bettina Steren dos.Escala de Motivação Docente: desenvolvimento e validação. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, v. 33, n. 65, p. 201-218, jul./set. 2017a.ISSN 1984-0411. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.47470.
DAVOGLIO, Tárcia Rita; SANTOS, Bettina Steren dos. Motivação docente: reflexões acerca do construto. Avaliação, Campinas; Sorocaba, SP, v. 22, n. 3, p. 772-792, nov. 2017b.ISSN 1982-5765. DOI: https://doi.org/10.1590/s1414-40772017000300011.
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.
DIAS, Karina de Araújo. A Formação Continuada dos profissionais da Educação da Rede Municipal de Florianópolis: Governamento e Constituição de Subjetividades Docentes.2017. 305 f. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2017.
FLORIANÓPOLIS, Secretaria Municipal de Educação. Proposta Curricular da Rede Municipal de Florianópolis – 2016. Organizada por Claudia Cristina Zanela, Ana Regina Ferreira de Barcelos e Rosângela Machado. Florianópolis: PMF, 2016a.
FLORIANÓPOLIS. Lei Municipal nº 2.915, de 23 de dezembro de 2003. Institui o Plano de Vencimentos e de Carreira do Magistério Público e da outras providências. Leis Municipais, [S. l.], 21 out. 2019. Disponível em: https://encurtador.com.br/hnrzM. Acesso em: 03 fev. 2024.
FRANCO, Maria Laura P. B. Análise de conteúdo. 4. ed. Brasília: Liber Livro, 2018.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GATTI, Bernadette Angelina; VARGAS, Carlos. Formação de professores em pauta. YouTube, Canal Jeduca, [S. l.], jun. 2019. 1 vídeo (70 min.) Color. Disponível: https://encurtador.com.br/iHJY1. Acesso em: 03 fev. 2024.
GATTI, Bernardete A.; ANDRÉ, Marli. A relevância dos métodos de pesquisa qualitativa em Educação no Brasil. In: WELLER, Wivian; PFAFF, Nicolle (org.). Metodologia da pesquisa qualitativa em educação: teoria e prática. 2.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
HUBERMAN, Michaël. O ciclo de vida profissional dos aos/às professores/as. In: NÓVOA, Antonio (org). Vida de professores. 2.ed. Portugal: Porto, 1995, p. 31-61.
HYPOLITO, Álvaro Moreira. Reorganização gerencialista da escola e trabalho docente. Educação: Teoria e Prática, [S. l.], v. 21, n. 38, p. 59-68, out./dez. 2011. Disponível em: https://encurtador.com.br/FK248. Acesso em: 03 fev. 2024.
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli Elisa Dalmazo. A pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 8. ed. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 2013.
LÜDKE, Menga. Educação e Pesquisa Qualitativa no Brasil. YouTube, Geces Grupo de Estudos, [S. l.], 27 ago. 2015. 1 vídeo (39 min.) Color. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mlSSO03ZfzY. Acesso em: 03 fev. 2019.
MASSON, Gisele. Requisitos Essenciais para a atratividade e a permanência na carreira docente. Educação & Sociedade, Campinas, v. 38, n. 140, p.849-864, jul./set. 2017.ISSN 1678-4626. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/es0101-73302017169078.
MINAYO, Maria Cecilia de Souza. O legado da pesquisa qualitativa. YouTube, Canal Geces Grupo de Estudos, [S. l.], 27 ago. 2015. 1 vídeo (51 min.) Color. Disponível em: https://bit.ly/36hyuWV. Acesso em: 03 fev. 2024.
NÓVOA, António. Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 47, n. 166, p. 1106-1133, dez. 2017.ISSN 0100-1574. http://dx.doi.org/10.1590/198053144843.
PORTELLA, Vanessa Cristina Máximo. Aos professores mestres: a contribuição do Mestrado na formação continuada de professores da Educação Básica.2008.152 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
SECRETARIA de Educação. Prefeitura de Florianópolis, Florianópolis, [201]. Disponível em: https://www.pmf.sc.gov.br/entidades/educa/ index.php?cms=formação+continuada. Acesso em: 03.fev.2024.
SILVA, Kátia Augusta Curado Pinheiro Cordeiro. Professores com formação stricto sensu e o desenvolvimento da pesquisa na Educação Básica da rede pública de Goiânia: realidade, entraves e possibilidades. 2008. 292 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2008.
SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS. Acordo Coletivo de Trabalho – Data Base 2015-2016. Florianópolis, 2015. Disponível em: https://bit.ly/2J7SwLz. Acesso em: 02 fev. 2024.
SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS. Estatuto do Sintrasem com as alterações introduzidas pela Assembleia Geral de 16 de julho de 2020. Florianópolis, 2020. Disponível em: https://bit.ly/35K59nY. Acesso em: 03 fev. 2024.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).