O NOVO MAIS EDUCAÇÃO E OS LIMITES DAS REFORMAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DE CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/periferia.2023.74719

Palavras-chave:

Crise do capital, Educação integral, Programa Novo Mais Educação

Resumo

Este texto tem como objetivo analisar o Programa Mais Educação e sua reformulação, o Programa Novo Mais Educação, bem como os limites das reformas educacionais no interior do ordenamento sociometabólico do capital e da atual crise estrutural, a partir da perspectiva de István Mészáros. Por meio de uma abordagem fundamentada na teoria marxista sobre o Estado, realizamos uma investigação de caráter bibliográfico. Essa fundamentação nos permitiu uma visão do reformismo no campo educacional, o que levou à constatação de que, nas últimas décadas, a lógica do neoliberalismo, que nada mais é do que uma ordem econômica e social inerente à crise estrutural do capital, acabou sendo preponderante no bojo das políticas públicas voltadas à educação integral. Nessa perspectiva, demonstramos que o Programa Mais Educação foi criado e implementado em um momento de relativização do neoliberalismo no Brasil, no decurso dos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff. Nesse sentido, destacamos o fato de que essa política inicial de educação integral, a despeito de muitas limitações, tinha elementos para seu aperfeiçoamento, o que não veio a ocorrer em razão da descontinuidade da proposta original pelo governo ultraneoliberal de Michel Temer, com a criação do Programa Novo Mais Educação, que se voltou para as necessidades do mercado de trabalho. Essa transição demonstra que os reformismos apresentam  limitações para o campo da educação, pois todo sistema educacional intracapital tem suas limitações, uma vez que reflete a sociedade de classe e a desigualdade.

Biografia do Autor

Juliana Vieira Jordão, Universidade federal do Oeste do Pará

Mestra em Educação pela Universidade Federal do Oeste do Pará. Técnica em Assuntos Educacionais na Universidade federal do Oeste do Pará. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil/HISTEDBR/UFOPA. juliana.jordao@ufopa.edu.br.

Maria Lília Imbiriba Sousa Colares, Universidade Federal do Oeste do Pará

Doutora e Pós-doutora em Educação pela Unicamp. Docente na Universidade Federal do Oeste do Pará – Brasil.  Atua no Programa de Pós-graduação em Educação da Ufopa.  Bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq – Nível 2. Líder Adjunta do Grupo de Estudos e Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil/HISTEDR/ Ufopa. liliacolaress@gmail.com

André Dioney Fonseca, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). É professor adjunto do curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e docente do Programa dePós-graduação em Educação da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). andredioney@gmail.com.

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Publicado

2023-05-19

Como Citar

Jordão, J. V., Colares, M. L. I. S., & Fonseca, A. D. (2023). O NOVO MAIS EDUCAÇÃO E OS LIMITES DAS REFORMAS EDUCACIONAIS NO CONTEXTO DE CRISE ESTRUTURAL DO CAPITAL. Periferia, 15, e74719. https://doi.org/10.12957/periferia.2023.74719

Edição

Seção

Artigos