DESAFIOS PARA A COMUNICAÇÃO EDUCATIVA EM VIVÊNCIAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2023.74474Palavras-chave:
Extensão Universitária, Abordagens Cognitivas de Políticas Públicas, Sociologia das Ausências e Emergências, Paulo Freire, Educação Superior.Resumo
O artigo apresenta resultados do trabalho de conclusão do curso de Bacharelado em Gestão de Políticas Públicas (GPP) realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que consistiu em um estudo propositivo e reflexivo acerca da experiência com a curricularização da extensão universitária desenvolvidas no componente curricular “Vivências em Gestão de Políticas Públicas”. Estabelecemos um diálogo teórico e metodológico entre as Abordagens Cognitivas de Políticas Públicas, especialmente a teoria francesa dos referenciais (MULLER, SUREL, 2002; LASCOUMES; LE GALÈS, 2012; MULLER, 2018), a teoria decolonial da Sociologia das Ausências e Emergências (SANTOS, 2002, RESENDE, 2019) e a concepção de educação para a liberdade enquanto prática dialógica (FREIRE, 1979, 1983a, 1983b, 1992,1993). Verificamos a pertinência da elaboração desta proposta de ensino que considera a extensão como uma ação de comunicação, logo uma prática pautada pelo diálogo. A defesa de uma prática de ensino comunicativa considera a importância da não imposição de saberes, como também da ideia de educação enquanto prática para a liberdade e para a transformação das realidades sociais por meio da conscientização oriunda da leitura de mundo das pessoas envolvidas.
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