O DESAFIO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES) EM IMPLEMENTAR NA CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Autores

  • Quézia Fragoso Xabregas Doutoranda em Educação - EDUCANORTE/UFOPA. Mestra em Educação pela Universidade Federal do Oeste do Pará - PPGE/UFOPA. Possui Licenciatura em Pedagogia e Graduação nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental pelo Instituto Esperança de Ensino Superior -IESPES. Possui Especializações em Gestão Escolar - FIT, Educação Infantil - IESPES e Gestão Escolar - UFOPA. É docente na graduação e pós-graduação do IESPES. Coordena o Núcleo de Inovação Tecnológica e Gestão da EaD - NIT/IESPES. https://orcid.org/0009-0000-4267-1214
  • Tania Suely Azevedo Brasileiro Professora Titular da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), lotada no Instituto de Ciências da Educação (ICED). Docente do quadro permanente dos programas de pós-graduação da UFOPA: Doutorado em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento (PPGSND) (Área de Ciências Ambientais), Doutorado em Rede EDUCANORTE e Mestrado Acadêmico em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida (PPGSAQ) (Área Interdisciplinar). É Líder do grupo de pesquisa PRAXIS UFOPA/CNPq. Possui Pós-doutorado em Psicologia (IP/USP, 2008/2009), com Estágio Pós Doutoral junto a Catedra Vygotsky da Faculdade de Psicologia da Universidad de La Havana - Cuba (2009). Doutorado em Educação (Universidad Rovira i Virgili/Espanha – URV, 2002), título revalidado na FE/USP). https://orcid.org/0000-0002-8423-4466

DOI:

https://doi.org/10.12957/periferia.2023.74098

Palavras-chave:

Ensino Superior, Mudanças Climáticas, Curricularização da Extensão.

Resumo

As mudanças climáticas têm cada vez mais preocupado o mundo. Relatórios oficiais  do IPCC[1] mostram que a crise do clima se torna mais grave a cada época. Fenômenos naturais, e/ou antrópicos, proporcionam destruições, tragédias, catástrofes e danos irreversíveis à natureza e ao ser humano. Diante dessa realidade, por entender o compromisso socioambiental das IES, e com a regulamentação da Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, o estudo tem como objetivo  evidenciar e analisar a temática mudanças climáticas na curricularização da extensão, e elucidar a responsabilidade das IES em meio a um possível caos climático global. A Pesquisa é do tipo bibliográfica e documental. (LISBOA FILHO, 2022); (GOMES, 2020); (IMPERATORE; PEDDE,2016); (REIS, 2017); (GOMES; BRASILEIRO; CAEIRO, 2020); (MERENGO; SOUZA, 2021); (CLIMATE-U, 2020) entre outros, fundamentam bibliograficamente essa pesquisa, e as legislações vigentes que tratam da temática. O estudo mostrou a incumbência da instituição de ensino superior no enfretamento às mudanças do clima. Nesta perspectiva, espera-se contribuir na formação inicial de futuros profissionais comprometidos com as questões climáticas.


[1] O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change) é um órgão que foi criado em 1988 pela Organização das Nações Unidas (ONU). Organiza relatórios completos das avaliações referentes à conjuntura do conhecimento científico, técnico e socioeconômico sobre as mudanças climáticas, riscos e impactos futuros. Evidencia possibilidades para reduzir os efeitos causados pelas mudanças do clima.  

Biografia do Autor

Quézia Fragoso Xabregas, Doutoranda em Educação - EDUCANORTE/UFOPA. Mestra em Educação pela Universidade Federal do Oeste do Pará - PPGE/UFOPA. Possui Licenciatura em Pedagogia e Graduação nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental pelo Instituto Esperança de Ensino Superior -IESPES. Possui Especializações em Gestão Escolar - FIT, Educação Infantil - IESPES e Gestão Escolar - UFOPA. É docente na graduação e pós-graduação do IESPES. Coordena o Núcleo de Inovação Tecnológica e Gestão da EaD - NIT/IESPES.

Doutoranda em Educação - EDUCANORTE/UFOPA. Mestra em Educação pela Universidade Federal do Oeste do Pará - PPGE/UFOPA. Possui Licenciatura em Pedagogia e Graduação nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental pelo Instituto Esperança de Ensino Superior -IESPES. Possui Especializações em Gestão Escolar - FIT, Educação Infantil - IESPES e Gestão Escolar - UFOPA. É docente na graduação e pós-graduação do IESPES. Coordena o Núcleo de Inovação Tecnológica e Gestão da EaD - NIT/IESPES. Foi conselheira, primeira secretária e assessora técnica do Conselho Municipal de Educação - CME/STM/PA. É professora efetiva de Educação Infantil. Foi professora colaboradora do Plano Nacional de Formação de Professores - PARFOR/UFOPA. Foi coordenadora pedagógica na Secretaria Municipal de Educação -SEMED. Realizou o trabalho pedagógico na Escola de Artes em Santarém-PA. Atua no Grupo de Pesquisa Práxis UFOPA, também no Grupo Práxis UNIR, da Universidade Federal de Rondônia, e no Grupo de Pesquisa OFICIBER da UFOPA. Possui experiência na Educação Básica, Ensino Superior e pós-graduação. (Texto informado pelo autor).

Tania Suely Azevedo Brasileiro, Professora Titular da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), lotada no Instituto de Ciências da Educação (ICED). Docente do quadro permanente dos programas de pós-graduação da UFOPA: Doutorado em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento (PPGSND) (Área de Ciências Ambientais), Doutorado em Rede EDUCANORTE e Mestrado Acadêmico em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida (PPGSAQ) (Área Interdisciplinar). É Líder do grupo de pesquisa PRAXIS UFOPA/CNPq. Possui Pós-doutorado em Psicologia (IP/USP, 2008/2009), com Estágio Pós Doutoral junto a Catedra Vygotsky da Faculdade de Psicologia da Universidad de La Havana - Cuba (2009). Doutorado em Educação (Universidad Rovira i Virgili/Espanha – URV, 2002), título revalidado na FE/USP).

Pós-doutora em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP, 2008/2009), com Estagio Pós Doutoral junto a Catedra Vygotsky da Faculdade de Psicologia da Universidad de La Havana - Cuba (2009). Doutorado em Educação - Universidad Rovira i Virgili/Espanha (2002) - revalidado na Faculdade de Educação da USP, Mestrado em Pedagogia do Movimento Humano pela Universidade Gama Filho (1992) e Mestrado em Tecnologia Educacional - Universidad Rovira i Virgili (2001). Especialização em Medicina Desportiva e Biociência do Esporte - Universidade Federal de Juiz de Fora (1980),Especialização em Didática do Ensino Superior desde 1985 - Universidade Gama Filho/RJ, Especialização em Administração dos Serviços de Saúde - UNAERP/SP (1994). Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Rondônia (1997), Licenciada em Psicologia pela Universidade Federal de Rondônia (1996), Graduada em Educação Fisica, Recreação e Jogos pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG (1978), Graduada em Pedagogia - Faculdades Integradas de Ariquemes (2004). Foi docente na Universidade Federal de Rondônia (UNIR) por aproximadamente 20 anos, atuando como pesquisadora, líder do grupo de pesquisa PRAXIS, certificado no CNPq desde 2004, Coordenadora do LABMIDIA - Laboratório Didático Pedagógico Multimídia, projeto aprovado desde 1997. Implantou o Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado Acadêmico em Educação da Universidade Federal de Rondônia em 2009, atuando como Coordenadora até 2012, quando é redistribuída a convite para a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

Referências

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Publicado

05.06.2023

Como Citar

Xabregas, Q. F., & Brasileiro, T. S. A. (2023). O DESAFIO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR (IES) EM IMPLEMENTAR NA CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS. Periferia, 15(1), e74098. https://doi.org/10.12957/periferia.2023.74098

Edição

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Artigos