MUSEU DA MARÉ – QUANDO A MEMÓRIA SE TORNA FERRAMENTA DE LUTA E RESISTÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2023.73540Palavras-chave:
Memória, Favela, Museu da Maré, Ceasm, ResistênciaResumo
O presente artigo é baseado na dissertação de mestrado intitulada “Do Ceasm ao Museu - o lugar de memória ou a memória do lugar”, defendida em 2018, no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRJ. Nesse processo, foi identificado que o Museu da Maré não apresenta uma história oficial sobre o bairro Maré. Na verdade, de forma interativa, o espaço relaciona as memórias dos mediadores às memórias dos visitantes. Outra característica do Museu é que ele foi criado e é mantido pelos próprios moradores e faz parte de uma estratégia de seus fundadores para fortalecer uma identidade coletiva e sentimento de pertencimento para que ampliasse o número de moradores consciente de seus direitos e capazes de reivindicar políticas públicas que melhorem a situação do Bairro Maré, no Rio de Janeiro. Depois de 15 anos de existência, essa estrutura, estruturada e estruturante, impressiona-nos por sua vitalidade na disputa de sentidos, de sentimentos e do ser favelado, que segue a sua luta pelo direito à Favela, à cidade e à memória.
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