DE FREIRE A RIPPER: diálogos sobre uma educação humanista
DOI:
https://doi.org/10.12957/periferia.2023.73166Palavras-chave:
Educação popular, Paulo Freire, João Roberto Ripper, Escola de Fotógrafos Populares, Favelas da Maré.Resumo
Este artigo apresenta semelhanças entre pontos centrais do pensamento e práticas educativas do educador Paulo Freire e do fotodocumentarista João Roberto Ripper, tendo como base a experiência da Escola de Fotógrafos Populares (EFP) e a Agência de Fotógrafos vinculada à escola, localizadas no complexo de favelas da Maré, no município do Rio de Janeiro. A EFP, uma iniciativa do Observatório de Favelas, destinou-se à formação profissionalizante em fotografia humanista a jovens de distintas periferias, com turmas no período de 2004 a 2014. A premissa fundamental era formar comunicadores populares a fim de combater o discurso hegemônico da grande mídia em retratar a favela enquanto território desprovido de valores, buscando, assim, promover a ressignificação individual e coletiva dos moradores de favelas. Por meio de entrevistas qualitativas semiestruturadas com alguns egressos e profissionais que participaram da idealização e das atividades da Escola, percebeu-se que a herança deixada pela EFP ultrapassou a fronteira da excelência técnica, visto que promoveu profundas transformações nos egressos e, por extensão, nas respectivas comunidades. Ainda que não mencionado diretamente, verificou-se, também, que as práticas educativas na EFP foram essencialmente freirianas.
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