Para que a cartografia escolar mude sem ficar a mesma coisa

Autores

  • Gisele Girardi

DOI:

https://doi.org/10.12957/hne.2023.79130

Resumo

Visando apresentar uma contribuição ao debate sobre o ontem, o hoje e o sempre da cartografia escolar, conforme demandado no convite da comissão organizadora do 12o Colóquio de Cartografia para Crianças Escolares, o presente texto toma como inspiração o artigo “Para que a geografia mude sem ficar a mesma coisa”, de Milton Santos, publicado no Boletim Paulista de Geografia em 1982, para discutir as seguintes questões norteadoras: Quais são as cartografias e mapeamentos que se apresentam na contemporaneidade? A cartografia escolar tem respondido mais ao caráter utilitário ou visado ao futuro da humanidade? Estaríamos lidando, na cartografia escolar, com conceitos envelhecidos face à aceleração do presente? No que se refere ao ontem, foram apontados episódios que configuraram a cartografia escolar como campo disciplinar e algumas questões daí derivadas; para o hoje, foram situadas problemáticas centrais da cartografia na geografia e seu impacto na cartografia escolar a partir do papel atribuído às linguagens e à cartografia no documento curricular oficial vigente, a Base Nacional Comum Curricular; foram, também, apontadas algumas linhas com potência de instaurar um sempre para a cartografia escolar que tenha por horizonte um futuro melhor para a humanidade, que passa por rever o mapa como expressão de geografias e incluir os mapeamentos como direito humano na pauta da geografia acadêmica e escolar, ressituando questões interna e externas à geografia acadêmica como focos da reflexão. À guisa de conclusão, aponta-se para as dimensões educativas, escolares e para o ensino de que pautam a cartografia escolar e favorecem ou não o diálogo com as questões mencionadas.

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Publicado

2023-09-24 — Atualizado em 2023-09-24