Entre determinações e determinismos: o determinismo geográfico perante uma análise crítica conceitual.
DOI:
https://doi.org/10.12957/hne.2022.76851Palavras-chave:
Filosofia da ciência geográfica, Epistemologia em geografia, Teoria e Método em geografia.Resumo
O “determinismo geográfico” é um celebrado atributo crítico discursivo empregado para desaprovar, teoricamente, linhas argumentativas que supostamente menosprezam fatores históricos, culturais e sociais, atribuindo supremacia aos ̈elementos geográficos ̈. Essa dura ferramenta analítica vem sendo aplicada de forma confusa, ambígua e contraditória, produzindo efeitos contraproducentes, sob o ponto de vista dos estudos acadêmicos, que se prolongam à complicação na compreensão do fundamento ontológico que dá sustentação ôntica à própria ciência geográfica. Destarte, faz-se necessário apurar em que bases semânticas o termo foi forjado, bem como seu deslindar socioterminológico. É preciso integrar ao referido processo analítico conteúdos atinentes à filosofia da linguagem, da sociologia crítica e do estudo epistemológico em geografia, num esforço de botar em xeque as fundações de um tradicional recurso crítico dessa ciência. A metodologia adotada neste trabalho foi empreendida a partir de obras, artigos publicados em periódicos científicos e trabalhos acadêmicos de pós-graduação. Averiguou-se que o referido recurso crítico em boa parte dos exames é utilizado sem referencial explicativo, misturando o exagero elementar determinístico à tônica da teorética sistêmica, utilizando os eixos de ordem e balanceamento para atacar hipotéticos sistemas positivos de causas e efeitos necessários.Downloads
Publicado
2023-06-06
Edição
Seção
Artigos Científicos