Política Externa é Política Pública: reflexões sobre a política externa brasileira
Keywords:
Política Externa Brasileira, atores políticos, determinantes domésticosAbstract
A partir do entrelaçamento entre o nível doméstico e o nível internacional, a política externa deve ser considerada como sendo uma política pública, uma vez que ela passa pelo processo de politização de agenda e conta com a participação de atores não estatais. Trazendo a teoria para o caso da política externa brasileira, será discutido como o deslocamento do Itamaraty do centro exclusivo das decisões, o aumento da politização da agenda e da participação de outros atores, convergem para tornar a política externa mais transparente e democrática, como, por exemplo, através da criação do Conselho Nacional de Política Externa.References
CARVALHO, Maria Izabel V. de. (2003). “Estruturas Domésticas e Grupos de Interesse: A Formação da Posição Brasileira para Seattle” In. Contexto Internacional, vol. 25, nº2, pp. 363-401.
CONECTAS DIREITOS HUMANOS. (2014). “Sinais de avanços em transparência e participação na política externa”. 21/02/2014. Disponível em: http://www.conectas.org/pt/acoes/politica-externa/noticia/13976-sinais-de-avancos-em-transparencia-e-participacao-na-politica-externa
GR-RI. (2014). “Carta entregue ao ex-chanceler Antonio Patriota, durante a Conferência, pelo Grupo de Reflexões em Relações Internacionais”. In. MARINGONI, Gilberto; SCHUTTE, Giorgio Romano; BERRON, Gonzalo (ORGs). 2003-2013 Uma Nova Política Externa. Tubarão: Ed. Copiart.
GR-RI. (2014). “A criação do Conselho Nacional de Política Externa fortalece o Itamaraty e consolida a inserção soberana do Brasil no Mundo”. In. Carta Capital. 10/09/2014. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/blogs/blog-do-grri/conselho-nacional-de-politica-externa-fortalece-o-itamaraty-8986.html
HART, Paul; STERN, Eric K.; SUNDELIUS, Bengt. (1997). “Foreign Policymaking at the Top Political Group Dynamics”. In. HART, Paul; STERN, Eric K.; SUNDELIUS, Bengt (ed.). Beyond Group Think. Michigan, The University of Michigan Press, pp. 3-34.
HILL, Christopher. (2003). The Changing Politics of Foreign Policy. Nova York: Palgrave Macmillan.
INGRAM, Helen M.; FIEDERLEIN, Suzanne L. (1988). “Traversing Boundaries: a Public Policy Approach to the Analysis of Foreign Policy”. Political Research Quarterly, vol. 41, nº 4, pp.725-745.
KEOHANE, Robert O.; MILNER, Helen V. (ed.). (1996). Internationalization and Domestic Politics. Cambridge: Cambridge University Press.
LIMA, Maria Regina Soares de. (2005). “A política externa brasileira e os desafios da cooperação Sul-Sul”. In. Revista Brasileira de Política Internacional. nº48 (I): 24-59.
MELLO E SOUZA, André. (2012). “Saúde pública, patentes e atores não estatais: a política externa do Brasil ante a epidemia de AIDS”. In. MILANI, Carlos R. S. PINHEIRO, Letícia (orgs). Política externa brasileira: As práticas da política e a política das práticas. Rio de Janeiro: Editora FGV, pp.203-240.
MILANI, Carlos R. S. (2012). “Atores e agendas no campo da política externa brasileira de direitos humanos”. In. MILANI, Carlos R. S. PINHEIRO, Letícia (orgs). Política externa brasileira: As práticas da política e a política das práticas. Rio de Janeiro: Editora FGV, pp.33-70.
__________________. PINHEIRO, Letícia. (2013). “Política Externa Brasileira: Os Desafios de sua Caracterização como Política Pública”. In. Contexto Internacional. Rio de Janeiro, vol. 35, nº 1, janeiro/junho, p. 11-41.
MILNER, Helen V. (1997). “Actors’ Interests, Policy Preferences, and the Demand for International Cooperation”. Interests, Institutions and Information, Domestic Politics and International Relations. Princenton University Press, pp.33-66.
PATRIOTA, Antonio de Aguiar. (2013). “Diplomacia e democratização”. In. Política Externa. Vol. 22, nº2, Outubro/Novembro/Dezembro, pp.9-16.
PUTNAM, Robert D. (2010). “Diplomacia e Política Doméstica: a lógica dos jogos de dois níveis”. In. Revista Sociologia Política, Curitiba, vol.18, nº 36, junho, pp. 147-174.
SILVA, Alex Giacomelli da. (2005). “Poder Inteligente – A Questão do HIV/AIDS na Política Externa Brasileira”. In. Contexto Internacional. Rio de Janeiro, vol. 27, nº 1, janeiro/junho, pp.127-158.
SALOMÓN, Mónica; PINHEIRO, Letícia. (2013). “Análise de Política Externa e Política Externa Brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos”. In. Revista Brasileira de Política Internacional. Vol. 56 (1): pp. 40-59.
TEIXEIRA, Ana Claudia Chaves. (2002). “A Atuação das Organizações Não Governamentais: entre o Estado e o Conjunto da Sociedade”. In. DAGNINO, Evelina (org.). Sociedade Civil e Espaços Públicos no Brasil. São Paulo: Paz e Terra, pp.105-142.
WALTZ, Kenneth N. (1996). “International Politics is not Foreign Policy”, in Security Studies, 6, nº1, pp. 54-57.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
The Copyrights of articles published in Revista Neiba, Cadernos Argentina-Brasil belong to their respective author (s), with the first publication rights assigned to Revista Neiba, Cadernos Argentina-Brasil, with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License, which allows sharing the work with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal. Due to the fact that they appear in Revista Neiba, Cadernos Argentina-Brasil, the articles are free to use, with mandatory attribution of authorship, for use in educational and non-commercial applications, according to the terms of the Creative Commons Attribution 4.0 International License adopted by this journal.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License