Turfe, famílias de elite e negócios no Recife oitocentista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2024.83172

Palavras-chave:

Turfe, Rede de apoio, Recife, Elite

Resumo

O presente estudo tem com proposta analisar como as famílias de elite de Recife utilizaram o turfe como uma forma de diversificar os seus empreendimentos frente a uma conjuntura de incertezas, levando em consideração uma série de proibições que iam de encontro com a conjuntura escravista – um dos seus mercados mais rentáveis –, tal como a proibição do tráfico transatlântico (1850), a lei do ventre livre (1871) e, por fim, a abolição da escravidão (1888). Neste sentido, viso observar como esses agentes criaram uma rede de apoio social e financeiro, visto que em 1850 foi instalada a primeira instituição turfística e nos anos finais da década de 1880 foram inaugurados três clubes que dinamizaram a vida social e econômica da capital da província de Pernambuco ao longo dos oitocentos. Nestas circunstâncias, analisar o turfe através destes paradigmas possibilita entender as relações sociais e econômicas dos agentes que estavam inseridos nos clubes de prática equestre na capital da província de Pernambuco.

Biografia do Autor

Thiago Lindemaier da Rosa, Universidade Federal de Santa Maria

Doutorando em História pela Universidade Federal de Santa Maria. Mestre e graduado em História pela Universidade Federal de Santa Maria.

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Publicado

2024-10-04

Como Citar

Lindemaier da Rosa, T. (2024). Turfe, famílias de elite e negócios no Recife oitocentista. Revista Maracanan, (36), 311–334. https://doi.org/10.12957/revmar.2024.83172