Estado, mercado editorial e o Anuário Brasileiro de Literatura (RJ, 1937-1944): notas iniciais de pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2023.77200Palavras-chave:
Anuário Brasileiro de Literatura, Mercado editorial, Política cultural, Estado NovoResumo
O objetivo do artigo é compreender as razões que motivaram o lançamento do Anuário Brasileiro de Literatura (RJ, 1937-1944), sob a responsabilidade da Editora Irmãos Pongetti. Para tanto, além de delinear as características gerais da publicação, é fundamental considerar, por um lado, a postura do regime Vargas em relação à produção cultural e, por outro, o vigor do mercado editorial, então em plena expansão e que teve que conviver com a crescente intervenção do poder público. Dados provenientes do Anuário subsidiaram importantes pesquisas no campo historiográfico, contudo, ainda não se conta com estudos que tomem a coleção como objeto, desafio que começa a ser enfrentado nessas primeiras notas de pesquisa.
Referências
Fontes
A nova fase do Anuário. Anuário Brasileiro de Literatura. Rio de Janeiro, n. 7-8, p. 5, 1943-1944.
A próxima edição do Anuário Brasileiro de Literatura. Leitura. Crítica e informação literária, Rio de Janeiro, ano 1, n. 11, p. 18, out. 1943.
Annuario Brasileiro de Literatura. Rio de Janeiro: Globo, 1937-1944. Disponível em: http://memoria.bn.br/docreader/158550/2309. Acesso em: 2 jun. 2023.
Catálogo de publicações do INL. Revista do Livro, ano 1, n. 1-2, p. 276-302, jun. 1956.
Livros novos. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 7 out. 1941, p. 9.
Movimento bibliográfico de 1936. Anuário Brasileiro de Literatura, n. 1, p. 295-312, 1937.
NEVES, J. L. Costa. Leitor amigo! Anuário Brasileiro de Literatura, Rio de Janeiro, n. 1, p. 5-7, 1937.
O Instituto Nacional do Livro. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 23 dez. 1937, p. 24. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/030015_05/81423. Acesso em 17 jun. 2023.
Os Editores. Anuário Brasileiro de Literatura, Rio de Janeiro, n. 3, p. 18, 1939.
Os Editores. Anuário Brasileiro de Literatura, Rio de Janeiro, n. 4, p, 16, 1941.
PONGETTI, Henrique. Um mapa da inteligência brasileira. Anuário Brasileiro de Literatura, Rio de Janeiro, n. 2, p. 19-20, 1938.
RIBEIRO. Adalberto Mário. O Instituo Nacional do Livro. Revista do Serviço Público, Rio de Janeiro, ano 6, v. 3, n. 1, p. 46-61, jul. 1943.
SILVA, Gastão Pereira da. No mundo dos livros. Dom Casmurro, Rio de Janeiro, 13 jul. 1949, p. 6. Disponível em: http://bndigital.bn.br/acervo-digital/dom-casmurro/095605. Acesso em: 20 jun. 2023.
Legislação
BRASIL. Poder Executivo. Presidência da República. Decreto-Lei 1006, de 30 de dezembro de 1938. Estabelece as condições de produção, importação e utilização do livro didático. Rio de Janeiro, 30 dez. 1938. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1930-1939/decreto-lei-1006-30-dezembro-1938-350741-publicacaooriginal-1-pe.html. Acesso em: 10 jun. 2023.
Bibliografia
ANDRADE, Olímpio de Souza. O livro brasileiro desde 1920. 2ª ed. (rev. atual. aum.). Rio de Janeiro; Brasília: Cátedra; INL, 1978.
BOMENY, Helena Maria B. (Org.). Constelação Capanema: intelectuais e política. Rio de Janeiro: FGV Ed., 2001.
BOMENY, Helena Maria B. A política do livro didático. São Paulo: Summus, 1984.
BUENO, Luís. Uma história do romance de 30. São Paulo; Campinas, SP: EdUSP; Unicamp, 2006.
CARVALHO, Marcus Vinicius C. O Instituto Nacional do Livro e os modernistas: questões para a história da educação brasileira. Cadernos de História da Educação, Uberlândia (MG), v. 11, n. 2, p. 543-557, jul.-dez. 2012.
FARIA FILHO, Luciano Mendes. Sociabilidades, edição, educação: o Anuário Brasileiro de Literatura como projeto educativo (1937-1944). Educar em revista, Curitiba, n. 65, p. 51-66, jul.-set. 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.53220.
FERREIRA, Rita de Cássia C. A Comissão Nacional do Livro Didático durante o Estado Novo (1937-1945). 2008. Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Assis (SP), 2008.
FRANZINI, Fábio. À sombra das palmeiras. A coleção Documentos Brasileiros e as transformações da historiografia nacional (1936-1959). Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2010.
GOMES, Angela de Castro (Org.). Capanema: o ministro e o ministério. Rio de Janeiro: FGV Ed., 2000.
HALLEWELL, Laurence. O livro no Brasil: sua história. 2ª ed. (rev. e ampl.). São Paulo: EdUSP, 2005.
LANARI, Raul A. de Oliveira. O patrimônio por escrito. A política editorial do SPHAN durante o Estado Novo (1937-1945). Belo Horizonte: Letramento, 2018.
LUCA, Tania Regina de. Periódicos lançados por editoras: o caso do Boletim de Ariel (1931-1939). História, São Paulo, v. 36, n. 32, p. 1-18, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1980-436920170000000032
MACHADO, Ubiratan. História das livrarias cariocas. São Paulo: EdUSP, 2012.
MICELI, Sérgio. Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945). São Paulo: Difel, 1979.
SCHWARTZMAN, Simon (Org.). Estado Novo, um autorretrato. Brasília: UnB, 1983.
SILVA, Suely Braga da. O Instituto Nacional do Livro e a institucionalização de organismos culturais no Estado Novo (1937-1945): planos, ideais e realizações. 1992. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1992.
VIEIRA, Ana Paula Leite. O Departamento de Imprensa e Propaganda e a política editorial do Estado Novo (1937-1945). 2019. Tese (Doutorado em História) – Centro de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista Maracanan
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista Maracanan o direito de publicação, sob uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os dados e conceitos abordados são da exclusiva responsabilidade do autor.
A Revista Maracanan está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
