Regime de espacialização da educação pública: projetos de universidade, políticas de educação e saber histórico no Brasil (1964-2020)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2023.71251

Palavras-chave:

Regime de Espacialização, Universidade, Políticas de Educação, Saber Histórico

Resumo

Este artigo procura pensar a produção do saber histórico no Brasil na sua relação com as políticas públicas de educação, os papeis assumidos pela universidade no pós-golpe de 1964 até os dias atuais. Discute também como o conhecimento histórico acadêmico foi produzido a partir da criação do Sistema Nacional de Pós-graduação (SNPG). O texto está dividido em quatro partes, na primeira e segunda, discuto a criação das universidades no Brasil, para em seguida fazer uma reflexão sobre a reforma universitária de 1968 e situá-la dentro da discussão que estabelece a criação de um Sistema Nacional de Ensino. Na terceira, discuto a criação do SNPG e o seu funcionamento no interior das universidades. Por fim, apresento o conceito de regimes de espacialização como ferramenta heurística para pensar a relação entre políticas de educação, universidade, SNPG e conhecimento histórico.

Biografia do Autor

Wagner Geminiano dos Santos, Ghent University

Pesquisador Visitante em Estágio de Pós-doutorado na Ghent University, Bélgica, com bolsa Pós-Doutorado no Exterior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, Brasil. Professor do Ensino Básico das redes municipais de ensino de São José da Coroa Grande e Água Preta, Pernambuco. Doutor e Mestre em História pela Universidade Federal de Pernambuco; graduado em História pela Universidade Federal de Campina Grande.

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Publicado

2023-06-20

Como Citar

Santos, W. G. dos. (2023). Regime de espacialização da educação pública: projetos de universidade, políticas de educação e saber histórico no Brasil (1964-2020). Revista Maracanan, (32), 103–127. https://doi.org/10.12957/revmar.2023.71251