A cidade de Lima Barreto e o centenário de sua morte: algumas linhas autobiográficas
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2022.70179Palavras-chave:
Literatura. Lima Barreto. Rio de Janeiro. Pós-abolição.Resumo
Partindo de 1922 e dos obituários da morte do literato Afonso Henriques de Lima Barreto, o texto propõe a leitura de uma parte da sua obra, considerando o autor um homem negro, morador da capital e dos subúrbios da cidade. Essa leitura é feita em diálogo com uma bibliografia que investigou o Rio de Janeiro, a literatura e os seus romancistas, entre eles o próprio Lima Barreto. Dentre os aspectos abordados nesse texto estão a relação de Lima com a República, os subúrbios, o futebol, o centenário da independência e sua negritude. Pretende-se nesse texto oferecer um caminho de leitura das obras de Lima Barreto para os leitores que pouco o conhecem e para os que há muito não o lê. O centenário de sua morte é uma boa ocasião para homenageá-lo e sua obra deveria ser leitura obrigatória nos cursos de história, ciências sociais, letras e demais disciplina da área de humanas.
Referências
Bibliografia
ALENCAR, Agnes. A silenciosa construção de uma guerra: uma França Antártica indígena. Revista do Arquivo Geral da cidade do Rio de Janeiro, n. 12, 2017, p. 297-322.
BARBOSA, Francisco de Assis. A vida de Lima Barreto, biografia. Rio de Janeiro: José Olympio Editora/Academia Brasileira de Letras, coleção Coedições ABL, 2003 [1952].
CARDOSO, Rafael. Modernidade em preto e branco. Arte e imagem, raça e identidade no Brasil,1890-1945. São Paulo: Companhia das letras, 2022.
LIMA BARRETO, AO TERCEIRO DIA (Filme). Direção: Luiz Antonio Pillar. Produção de LaPilar Produções Artísticas. Brasil: 2019. Informações disponíveis em: https://globofilmes.globo.com/filmografia/drama/filme/lima-barreto.ghtml. Acesso em: 15 dez. 2022.
MICELI, Sérgio. Intelectuais à brasileira. São Paulo: Companhia das letras, 2001.
MORAES, Renata Figueiredo. A festa da abolição do 13 de maio – comemorações, identidade e memória. In. ABREU, Martha; XAVIER, Giovana; MONTEIRO, Lívia; BRASIL, Eric. (Orgs.) Cultura negra, vol. 1: festas, carnavais e patrimônios negros. Niterói: Eduff, 2018a.
MORAES, Renata Figueiredo. As festas da abolição: o 13 de maio e seus significados no Rio de Janeiro (1888-1908). 2012. Tese (Doutorado em História) – Departamento de história, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
MORAES, Renata Figueiredo. O "dia delírio" de Machado de Assis e as festas da abolição. Machado Assis Linha, São Paulo, v. 11, n. 23, p. 34-53, abril 2018 [2018b]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1983-6821201811233. Acesso em: 15 dez. 2022.
O’DONNELL, Julia. De olho na rua. A cidade de João do Rio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
PEREIRA, Leonardo. O jogo dos sentidos: os literatos e a popularização do futebol no Rio de Janeiro. In. PEREIRA, Leonardo & CHALHOUB, Sidney (Orgs.) A história contada: Capítulos de História social da Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
SCHWARCZ, Lilian M. Introdução. Numa ‘encruzilhada de talvezes’ um grande romance aos pedados. In. BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Pinguin-Companhia das letras, 2011.
SCHWARCZ, Lílian M. Lima Barreto: triste visionário. São Paulo: Companhia das letras, 2017.
SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1999.
TRAGA-ME A CABEÇA DE LIMA BARRETO. (Monólogo). Texto de Luiz Marfuz. Direção: Onisajé (Fernanda Júlia). Brasil: 2017. Informações disponíveis em: https://centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br/atividade/traga-me-a-cabeca-de-lima-barreto.
VENANCIO, Renato Pinto (Org.) Panfletos abolicionistas: o 13 de maio em versos. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, Arquivo Público Mineiro, 2007.
Obras de Lima Barreto
“15 de novembro”. In. Lima Barreto: obra reunida, volume 3. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018.
“Bailes e divertimentos suburbanos”. In. RESENDE, Beatriz (Org.) Lima Barreto, cronista do Rio. Belo Horizonte: Autêntica editora; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2020.
“Botafogo e os pró-homens”. In. RESENDE, Beatriz (Org.) Lima Barreto, cronista do Rio. Belo Horizonte: Autêntica editora; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2020.
“Congressos”. In. RESENDE, Beatriz (Org.) Lima Barreto, cronista do Rio. Belo Horizonte: Autêntica editora; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2020.
“De Cascadura ao Garnier”. In. RESENDE, Beatriz (Org.) Lima Barreto, cronista do Rio. Belo Horizonte: Autêntica editora; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2020.
“Diário do Hospício”. In. Lima Barreto: obra reunida, volume 2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018.
“Diário íntimo”. In. Lima Barreto: obra reunida, volume 2. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018.
“Maio”. In. RESENDE, Beatriz (Org.) Lima Barreto, cronista do Rio. Belo Horizonte: Autêntica editora; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2020.
“Meditem a respeito”. Revista suburbana, Rio de Janeiro, 1922.
“O Futurismo”. In. Lima Barreto: obra reunida, volume 3. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018.
“O nosso esporte”. In. RESENDE, Beatriz (Org.) Lima Barreto, cronista do Rio. Belo Horizonte: Autêntica editora; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2020.
“Os enterros de Inhaúma”. In. RESENDE, Beatriz (Org.) Lima Barreto, cronista do Rio. Belo Horizonte: Autêntica editora; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2020.
“São Paulo e os Estrangeiros”. In. Lima Barreto: obra reunida, volume 3. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2018.
“Uma surpresa de exposição”. In. RESENDE, Beatriz (Org.) Lima Barreto, cronista do Rio. Belo Horizonte: Autêntica editora; Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, 2020.
Clara dos anjos. São Paulo: Pinguin-Companhia das letras, 2012.
Triste Fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Pinguin-Companhia das letras, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista Maracanan o direito de publicação, sob uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os dados e conceitos abordados são da exclusiva responsabilidade do autor.
A Revista Maracanan está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.