Os lazaristas do Cosme Velho: política e prática educacional no Rio de Janeiro em dois tempos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/revmar.2023.69749

Palavras-chave:

Documento de Medellín, Educação Libertadora, Ditadura Civil-Militar, Memória, Pauta Jornalística

Resumo

Este artigo parte de um conjunto de documentos do Serviço Nacional de Informações (SNI) cujo alvo era o Colégio São Vicente de Paulo, situado no bairro Cosme Velho no Rio de Janeiro. Alguns professores e alunos aparecem na documentação, que passa a ser desqualificada como um centro de agitações e de ideias políticas ligadas ao comunismo. Partindo desses dados, problematizamos o artigo levando em consideração que a trajetória dos lazaristas no Brasil era entendida no século XIX justamente por seus aspectos conservadores. O estudo da documentação mostrou como essa mudança na proposta pedagógica da escola dos lazaristas se deu e como foi recebida sobretudo em meio a uma classe média que se valia de seus serviços educacionais em contexto de ditadura civil-militar brasileira e de sua abertura política nos anos 1980.

Biografia do Autor

Jefferson de Almeida Pinto, Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais

Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, Campus Juiz de Fora. Doutor e Mestre em História pela Universidade Federal Fluminense; graduado em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Professor do Programa de Pós-graduação em História Social da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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Publicado

2023-06-20

Como Citar

Pinto, J. de A. (2023). Os lazaristas do Cosme Velho: política e prática educacional no Rio de Janeiro em dois tempos. Revista Maracanan, (32), 128–147. https://doi.org/10.12957/revmar.2023.69749