Pantera Negra e Zumbi dos Palmares: possibilidades de usos fílmicos no ensino de História
DOI:
https://doi.org/10.12957/revmar.2023.69471Palavras-chave:
Pantera Negra, Zumbi, História e Ensino de HistóriaResumo
Este artigo tem como finalidade observar as possibilidades que os personagens Pantera Negra e Zumbi dos Palmares desfrutam para serem utilizados para pensarmos a História da população afro e dos povos escravizados. Procurando, para tanto, situar cada um destes personagens e pensá-los enquanto recursos que, através das suas representações e histórias, sejam possíveis realizar mediações entre História e Ensino. A escolha na utilização de um personagem fictício e outro real deu-se pelo fato de que, em alguma medida, ambos encarnam a imagem do guerreiro, elemento que colabora para possíveis relações ao mesmo tempo em que procuramos explorar as potencialidades de cada um deles e os seus usos na área de ensino de História.
Referências
ALENCASTRO, L. F. Palmares: batalhas da guerra seiscentista sul-atlântica. In: REIS, João José; GOMES, Flávio dos Santos (Orgs.). Revoltas Escravas no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
ANDERSON, Robert N. The Quilombo of Palmares: A New Overview of a Maroon State in Seventeenth-Century Brazil. Journal of Latin American Studies, Cambridge, v. 28, n. 3, 1996.
BARLÉU, Gaspar. O Brasil holandês sob o conde João Maurício de Nassau. História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil e noutras partes sob o governo do Ilustríssimo João Maurício Conde de Nassau, etc., ora Governador de Wesel, Tenente-General de cavalaria das Províncias-Unidas sob o Príncipe de Orange. Brasília: Ed. Senado Federal, 2005.
BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
BERNADET, Jean-Claude. O que é Cinema? São Paulo: Círculo do Livro, 1980.
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2018.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1992.
CHARTIER, Roger. A história Cultural: Entre práticas e representações. Lisboa: DIFEL, 1990.
CHAVES, Wanderson da Silva. O Partido dos Panteras Negras. Revista Topoi, Rio de Janeiro, v. 16, n. 30, p. 359-364, jan.-jun. 2015.
FERRO, Marc. Cinema e história. 2ª ed. (rev. e ampl.). São Paulo: Paz e terra, 2010.
FIGUEIRÊDO, Andersen Kubnhavn. Ativismo negro em Salvador no período da Ditadura Militar (1970-1980). 2016. Dissertação (Mestrado em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas) – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cachoeira (BA), 2016.
FREITAS, Décio. Palmares: a Guerra dos Escravos. Porto Alegre: Movimento, 1971.
FREITAS, Décio. República de Palmares: pesquisa e comentários em documentos históricos do século XVII. Maceió: EdUFAL, 2004.
FUNARI, Pedro Paulo de Abreu. A arqueologia de Palmares: Sua contribuição para o conhecimento da história da cultura afro-americana. In: GOMES, Flávio dos Santos; REIS, João José (Orgs.). Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
GOMES, Flávio dos Santos. De olho em Zumbi dos Palmares: histórias, símbolos e memória social. São Paulo: Claro Enigma, 2011.
GOMES, Flávio dos Santos. Palmares: escravidão e liberdade no Atlântico Sul. São Paulo: Contexto, 2005.
GORENDER, Jacob. A Escravidão Reabilitada. São Paulo: Expressão Popular, 2016.
GUERRA, Fábio Vieira. Super-heróis Marvel e os conflitos sociais e nos EUA (1961-1981). 2011. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal Fluminense, Niterói (RJ), 2011.
HARTOG, François. O espelho de Heródoto. Ensaio sobre a representação do outro. Belo Horizonte: EdUFMG, 1999.
LOPES, Juliana Serzedello Crespim; NEVES, Paulo Sérgio da Costa. Quando a memória é o pomo da discórdia: o 13 de maio de 2020 e a fundação palmares. Revista de História, USP, n. 181, 2022.
MARZANO, Andrea; BITTENCOURT, Marcelo. História da África. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2013.
MOURA, Clóvis. Zumbi. (Verbete). In: Dicionário da Escravidão negra no Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004.
NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2019.
ORIÁ, R. O negro na historiografia didática: imagens, identidades e representações. T.E.X.T.O.S DE H.I.S.T.Ó.R.I.A., PPGH/UnB, Brasília, v. 4, n. 2, p. 154-165, 2011.
PINSKY, Carla Bassanezi. (Org.). Novos temas nas aulas de História. São Paulo: Contexto, 2009.
REDIKER, Marcus. O navio negreiro: uma história humana. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
ROCHA, Maria Corina; BARBOSA, Muryatan Santana. Síntese da coleção História Geral da África: século XVI ao século XIX. Brasília: UNESCO; MEC; UFSCar, 2013.
SANTOS, Wellington Oliveira dos. Identidade negra, relações étnico-raciais na diáspora e o filme Pantera Negra. Revista de Estudos Universitário - REU, UNISO, v. 44, n. 1, p. 69-89, jun. 2018.
THEODORO, Janice. Educação para um mundo em transformação. In: KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2018.
UNESCO. Njinga a Mbande: Rainha do Ndongo e do Matamba. Direção Editorial e Artística Edouard Joubeaud. Série UNESCO Mulheres na História da África. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000230931/PDF/230931por.pdf.multi. Acesso em: 05 abr. 2023.
VALIM, Alexandre Busko. História e Cinema. In: CARDOSO, Ciro F.; VAINFAS, Ronaldo (Orgs.). Novos Domínios da História. Rio de janeiro: Elsevier, 2012.
WHITE, Hayden. A Questão da narrativa na Teoria histórica contemporânea. In: NOVAIS, Fernando A.; SILVA, Rogério Forastieri da. (Orgs.). Nova História em Perspectiva. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista Maracanan o direito de publicação, sob uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os dados e conceitos abordados são da exclusiva responsabilidade do autor.
A Revista Maracanan está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.