Ódio ao jogo: cripto-fascismo e comunicação anti-lúdica na cultura dos videogames

Auteurs-es

  • Ivan Mussa Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI :

https://doi.org/10.12957/logos.2019.45679

Mots-clés :

cripto-fascismo, cultura dos videogames, comunicação

Résumé

Este artigo objetiva investigar uma dimensão anti-lúdica da cultura dos videogames: o uso de jogos e conteúdos ligados ao tema para propagar símbolos, afetos e discursos associados à extrema direita. Recorreremos à ideia de cripto-fascismo – a prática de esconder ideias fascistas sob disfarces socialmente aceitáveis –, expondo como os videogames se inserem nesta tática. Demonstraremos o uso dos videogames como um mecanismo retórico nos discursos de produtores de conteúdo ligados à cultura dos videogames, expondo a fraqueza de sua aliança com a dimensão lúdica desta cultura e sua muito mais forte adesão às premissas ideológicas cripto-fascistas. Por fim, abordaremos o modo como o ódio anti-lúdico atinge a própria dinâmica de inovação e invenção inerente ao mundo dos jogos, encarnada no ataque ao gênero emergente dos walking simulators.

Biographie de l'auteur-e

Ivan Mussa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Professor substituto do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DECOM/UFRN). Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGCOM/Uerj).

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Publié-e

2020-01-23

Comment citer

Mussa, I. (2020). Ódio ao jogo: cripto-fascismo e comunicação anti-lúdica na cultura dos videogames. Logos, 26(2), 57–71. https://doi.org/10.12957/logos.2019.45679

Numéro

Rubrique

Dossiê "Comunicação, Mídia, Videogames”