A força do apelo do rosto Lévinasiano em contextos organizacionais marcados pela abertura à diferença

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/logos.2024.85504

Resumo

Nosso intuito neste texto é elaborar uma reflexão que possa mostrar como o enigma configurado pela proximidade do outro, do diferente, pode perturbar e afetar ambientes organizacionais frequentemente hierarquizados e desiguais. A partir de estudo de caso do programa de Trainee exclusivo para pessoas negras colocado em prática pelo Magazine Luiza, investigamos como as ações de Luiza Trajano demonstram uma tensão entre a escuta do Rosto (Lévinas, Han, Ribeiro) e a reprodução de estratégias e ideologias neoliberais. De um lado, o eu-corpo da liderança feminina se constitui como uma “existência para outrem”, assumindo responsabilidade ética. De outro, a presença de 19 pessoas negras na empresa, aproxima corporeidades que são tensionadas na disputa por um lugar de destaque em uma empresa assentada no capitalismo neoliberal. Argumentamos que é justamente esse conflito que interpelar as organizações a questionarem as lógicas de dominação, apagamento e morte que perpetuam a agonia do eros.

Biografia do Autor

Angela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Comunicação Social pela UFMG. Professora do Departamento de Pós-Graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Frederico Vieira, UFMG

Doutor em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais.

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Publicado

2025-01-14

Como Citar

Salgueiro Marques, A. C., & Vieira, F. (2025). A força do apelo do rosto Lévinasiano em contextos organizacionais marcados pela abertura à diferença. Logos, 31(3). https://doi.org/10.12957/logos.2024.85504

Edição

Seção

Dossiê "Comunicação e Diversidade nas Organizações"