Cenas de dissenso e dispositivos interacionais na resistência insurgente criada pelos secundaristas
DOI:
https://doi.org/10.12957/logos.2018.36181Palavras-chave:
Dispositivo interacional, Cenas de dissenso, Insurgência secundaristaResumo
Este artigo analisa, em dois momentos do movimento de ocupação de escolas em São Paulo, que ocorreu em 2015, o encadeamento das ações, discussões, reações e resistências que envolveram a insurgência dos secundaristas, a partir da construção conceitual de “dispositivo” de Foucault e suas derivações para questões comunicacionais. A proposta é observar como as cenas enunciativas insurgentes representadas e narradas pelos estudantes no ato da ocupação da escola e no confronto com a polícia configuram um sujeito político que aponta para um modo de estar no acontecimento. Esse processo, inspirado também no método da igualdade de Rancière, mostra que a narrativa de si se configura como um instrumento político da ação política, fruto do empenho coletivo dos secundaristas, cujo arranjo se transforma em um potente dispositivo interacional.
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