Emptying bodies, delegitimizing practices: The process of disqualifying gypsy knowledge in the modern era
DOI:
https://doi.org/10.12957/intellectus.2025.90020Keywords:
gypsies, healing, popular knowledge, modernization, fortune-tellingAbstract
The aim of this article is to raise some questions about the reproduction of modern images linking gypsy culture, fortune-telling and mystical-esoteric knowledge. The use of fortune-telling techniques has historically been attributed to gypsy women as a means by which they interacted with the non-gypsy population (gajos) and managed to make material gains in order to reproduce their way of life economically. By referring to coeval sources, artistic and literary works, comparative historiographical and anthropological studies, the aim is to problematize the association between the divination techniques attributed to gypsy women and the constitution of a discourse that has disqualified popular knowledge of healing and counter-colonial self-defense that marked the beginning of the modern era. The aim is to contribute to the contemporary debate on discrimination with a view to recognizing popular knowledge.
Downloads
References
Fonte Manuscrita
OUVIDORIA Geral do Crime. Bahia, 3 de junho de 1768, Maço 175. (Seção Colonial do Arquivo Municipal de Salvador).
Fontes Impressas
BLUTEAU, Raphael (1789). Diccionario da lingua portugueza. Lisboa, Officina de Simão Thaddeo Ferreira. Volume 1. Disponível em: . Acesso em: 18 fev. 2025.
COELHO, Francisco Afonso Coelho (1892). Os Ciganos de Portugal com um estudo sobre o calão. Lisboa, Imprensa Nacional.
PEREIRA, Nuno Marques Pereira (1760). Compêndio narrativo do peregrino da América. Volume 1. Lisboa, Officina de Antonio Vicente da Silva. Disponível em: <https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/4139>. Acesso em: 18 fev. 2025.
Referências bibliográficas
ALMANDOZ, Iñigo Migliaccio (2012). Pensamiento mágico, racionalidad y formas de dominación in: XVII Congreso de Estudios Vascos: Gizarte aurrerapen iraunkorrerako berrikuntza. Donostia: Eusko Ikaskuntza, pp. 1063-1079. Disponível em: . Acesso: 18 fev. 2025.
ANDRADE JUNIOR, Lourival (2008). Da barraca ao túmulo: cigana Sebinca Christo e as construções de uma devoção. Tese (Doutorado em História). Universidade do Paraná: Curitiba.
ARANTES, Paulo (2014). O novo tempo do mundo. São Paulo: Boitempo.
ASSÉO, Henriette (2007). L'invention des “nomades” en Europe au XX siècle et la nationalisation impossible des tsiganes. In: NOIRIEL, Gérard (éd.) L'identification. Genèse d'un travail d'Etat. Paris/ Berlin: Coll. Socio- historie, pp. 161-180.
BAREUTHER, Johannes (2014). O androcentrismo da razão dominadora da natureza: natureza demoníaca e natureza mecânica (Parte 1). Exit! Crise e Crítica da Sociedade da mercadoria, n. 12. Disponível em: <http://www.obeco-online.org/joahnnes_bareuther1.htm >. Acesso em 18.fev. 2025.
BODEI, Remo (1997). Geometria de las passiones: miedo, esperanza, felicidad: filosofia y uso politico. México: Fondo de Cultura Económica.
BOURQUE, Danièle (2008). Pour un autre modèle d'analyse du tarot. Thèse (Doctorat en Sciences des Religions), Université du Québec: Montréal.
CALAINHO, Daniela Buono (2008). Metrópole das mandingas: religiosidade negra e Inquisição portuguesa no Antigo Regime. Rio de Janeiro: Garamond.
CASTRO, Eduardo Viveiros de (2012). O medo dos outros. Revista de Antropologia, 54 (2). Disponível em: <https://revista.usp.br/ra/article/view/39650. Acesso: 17.jun.2025.
DHIER, Alejandro Martínez(2011). Los gitanos em andalucia em el antiguo régimen: de peregrinos a marginados. In: CASTAÑO, F. J. Garcia; IORDANISHVILI, N. Kessova. (coords.). Actas del I Congreso Internacional sobre Migraciones em Andalucia. Granada, Instituto de Migraciones, pp. 2107-2117. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4049863>. Acesso: 18 fev. 2025.
FANJUL, Serafín (2006). Gitanos y Mouriscos. In: La quimera de al-Andalus. Madrid: Siglo XXI, pp. 94-116.
FERRARI, Florência (2010). O mundo passa: uma etnografia dos Calon e suas relações com os brasileiros. Tese (Doutorado em Antropologia Social). Universidade de São Paulo: São Paulo.
FOUCAULT, Michel (2008). Segurança, território e população. São Paulo: Martins Fontes.
FRASER, Angus (2007). The Gipsies. Malden: Blackwell.
GEREMEK, Bronislaw (1995). Os filhos de Caim: vagabundos e miseráveis na literatura europeia (1400- 1700). São Paulo: Companhia das Letras.
GONZALEZ, Lélia (1988). Nanny: pilar da amefricanidade. In: Humanidades, n.17, ano IV, Universidade de Brasília: Brasília, pp. 23-25.
HASDEU, Iulia (2008). “Corps et vêtements des femmes rom en Roumaine. Un regard anthropologique.” In: Etudes Tsiganes. Etre une femme dans le monde tsigane. v.1, n. 33/34, pp. 60-77. Disponível em: <https://shs.cairn.info/revue-etudes-tsiganes-2008-1-page-60?lang=fr>. Acesso: 18 fev. 2025.
ITOKAZU, Anastasia Guidi (2023). Caça às bruxas: o caso de Katarina Kepler. Blogs de Ciência da Universidade Estadual de Campinas: Mulheres na Filosofia, v.7, n. 4, pp-1-11. Disponível em: <http://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/caca-as-bruxas-o-caso-katarina-kepler/>. Acesso em 18 fev. 2025.
KOSELLECK, Reinhart (2014). Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto.
MANCINI, Silvia (dir.) (2008). La frabicación del Psiquismo. Libros de la Araucaria, Buenos Aires.
MANCINI, Silvia (2013). Para un enfoque constructivista filosofico y el objetivismo cientificista. Reflexiones epistemológicas y políticas a partir de una propuesta teórica italiana. Conferencia inaugural al VII Encuentro Internacional de estudio Sociorreligiosos Religion, utopía y alternativas ante los dilemas de la contemporaneidad, La Habana, del 2 al 5 de Julio.
MARTINEZ, Manuel Martinez (2014). Los gitanos y las gitanas de España a mediados del siglo XVIII. El fracasso de un projecto de “exterminio” (1748-1765). Editorial Universidad de Almeria: Almeria.
MARX, Karl (2009). El Capital. Libro I, capítulo VI (inédito). México: Siglo XXI.
MEYER, Marlyse (1993) Maria Padilha e toda a sua quadrilha: de amante de um rei de Castela a pomba-gira da Umbanda. São Paulo: Duas Cidades.
MOLLAT, Michel (1989). Os pobres na Idade Média. Rio de Janeiro: Campus.
ORTEGA, Maria Helena Sánchez (1998). La Inquisicion y los gitanos. Madrid: Taurus.
PARKER, Geoffrey (2013), The military revolution: military innovation and the rise of the west, 1500-1800, Cambridge: Cambridge University Press.
PETCU, Siviu (2007). Le rôle des esclaves Rroms dans la vié économique des principautés roumaines de Muntenie et de Moldavie. Études Tsiganes. L'esclavage des Rroms. n. 29. pp. 72-79. Disponível em: . Acesso: 18 fev. 2025.
PIERONI, Geraldo (2000) Vadios e ciganos, heréticos e bruxas: os degredados no Brasil-colônia. Rio de Janeiro: Paco Editorial.
POSTONE, Moishe (2004). Tempo, trabalho e dominação social: uma reinterpretação da teoria crítica de Marx. São Paulo: Boitempo.
RAPISARDA, Stefano (2005). Manuali Medievali di Chiromanzia. Roma: Carocci.
RUBLACK, Ulinka (2015). The astronomer and the witch. Johannes Kepler´s fight for his mother. Oxford: Oxford University Press.
SAINZ, Julio Vérez (2014). “De lo científico a lo folclorico: Astrólogos y Astrologia em el teatro renascentista”. In: Bulletin of the Comediantes. vol. 66, n. 1. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/285902773_De_lo_cientifico_a_lo_folclorico_Astrologos_y_Astrologia_en_el_teatro_renacentista >. Acesso em: 18 fev. 2025.
SCHOLZ. Roswitha (2014). Homo Sacer e os Ciganos. O Anticiganismo – reflexões sobre uma variante essencial e por isso esquecida do racismo moderno. Lisboa: Antígona.
SOUZA, Maraísa Lisboa de (2017). Atualização e manutenção da identidade étnica: etnografia sobre o processo de conversão religiosa de ciganos em Cruz das Almas/BA. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais). Universidade Federal do Recôncavo Baiano: Cachoeira.
WALKER, Timothy (2005). Doctors, folk medicine and the Inquisition: the repression of magical healing in Portugal during the Enlightenment. Leiden: Brill.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Juliana Henrique

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista Intellèctus o direito de publicação, sob uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, a qual permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devido crédito pela criação original.
Os dados e conceitos abordados são da exclusiva responsabilidade do autor.
A revista Intellèctus está licenciada com uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional