The normal is technological: cisgenderism as somatechnics

Authors

DOI:

https://doi.org/10.12957/intellectus.2025.89608

Keywords:

cisgenderism, somatechnics, nature

Abstract

This article investigates the constitution of cisgenderism as a natural fact, using the theoretical arsenal of science and technology. Through an archeogenealogical investigation of the notion of somatechnics, the study problematizes the naturalness of the body and gender binarity. It argues that cisgenderism is an operation of power-knowledge-pleasure that establishes sexual difference as a scientific fact and the aesthetics of sexual difference as a visual norm. The concept of somatechnics is central to understanding how the body is always and already modified by a technical network of nature-culture relations, challenging the distinction between natural and cultural attributes.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Fábio Feltrin, Universidade Federal do Paraná, Brasil

Possui graduação em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2003), mestrado (2005) e doutorado (2011) em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina. É professor associado do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná, na linha de pesquisa Arte, Memória e Narrativa - AMENA. 

Emilia Braz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,Brasil

Graduada em Ciências Sociais (UFFS), mestra e doutoranda em Antropologia Social (UFRGS). Pesquisadora vinculada ao grupo de pesquisa Ciências na Vida (UFRGS) e ao Grupo de Pesquisa em Ecologia das Práticas (GPEP/APPH). Realiza investigações na intersecção entre os estudos feministas da ciência, os estudos trans e a teoria queer. Atualmente pesquisa a toxicidade ambiental e os desreguladores endócrinos.

References

BUTLER, Judith (2016). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 11ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

DAVIS, Lennard (2006). Constructing Normalcy: The Bell Curve, the Novel, and the Invention of the Disabled Body in the Nineteenth Century. In: DAVIS, Lennard J. (ed.). The Disability Studies Reader. 2nd ed. New York/Oxon: Routledge, pp. 3-17.

DE LAURETIS, Teresa (2000). A tecnologia de gênero. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de. (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, pp. 121-156.

FAUSTO-STERLING, Anne (2000). Sexing the Body: Gender Politics and the Construction of Sexualiaty. New York: Basic Books.

FAVERO, Sofia (2020). Crianças trans: infâncias possíveis. Salvador: Devires.

FOUCAULT, Michel (2010). Os anormais: curso no Collège de France (1974-1975). São Paulo: WMF.

FOUCAULT, Michel (2014). Vigiar e punir: Nascimento da prisão. São Paulo: Vozes.

FOUCAULT, Michel (2017). História da sexualidade, vol. 1: A vontade de saber, 5. ed. São Paulo: Paz e Terra.

HARAWAY, Donna (1992). The Promise of Monsters: A Regenerative Politics for Inappropriate/d Other. In: GROSSBER, Lawrence; NELSON, Cary; TREICHLER, Paula A. Cultural Studies. New York: Routledge.

HARAWAY, Donna (2021). O manifesto das espécies companheiras: cachorros, pessoas e alteridade significativa. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo.

HAUSMAN, Bernice L. (1995). Changing Sex: Transsexualism, Technology, and the Idea of Gender. Durham and London: Duke University Press.

KATZ, Jonathan Ned (2007). The Invention of Heterosexuality. Chicago: The University of Chicago Press.

LAQUEUR, Thomas (2001). Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume Dumará.

LEITE JR, Jorge (2011). Nossos corpos também mudam: A invenção das categorias “travesti” e “transexual” no discurso científico. São Paulo: Annablume; FAPESP.

PEREIRA, Pedro Paulo Gomes (2017). As incorporações e suas poéticas. Debates do NER, n. 18, v. 31, pp. 137-171. Disponível em <https://seer.ufrgs.br/index.php/debatesdoner/article/view/70999>. Acesso em: 5 mai. 2024.

PRECIADO, Paul B (2017). Manifesto contrassexual. São Paulo: n-1 edições.

PRECIADO, Paul B (2018). Testo Junkie: sexo, drogas e biopolítica na era farmacopornográfica. São Paulo: n-1 edições.

PRECIADO, Paul B (2019). Multidões queer: notas para uma política dos anormais. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, pp. 421-430.

SIBILIA, Paula (2015). O homem pós-orgânico: a alquimia dos corpos e das almas à luz das tecnologias digitais. 2ª ed. Rio de Janeiro: Contraponto.

SILVA, Mariah Rafaela (2018). Corpos antropofágicos: supermáquina e interseccionalidade em cartoescrita de fluxos indisciplinares. Dissertação (Mestrado Interdisciplinar em Ciências Humanas). Universidade do Estado do Amazonas.

SULLIVAN, Nikki & MURRAY, Samantha (orgs.) (2009). Somatechnics: Queering the Technologisation of the Body. Surrey: Ashgate Publishing Limited.

VERGUEIRO, Viviane (2015). Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. Dissertação (Mestrado Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade). Universidade Federal da Bahia.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo (1996). Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana, v. 2, n. 2, pp. 115-144. Disponível em < https://www.scielo.br/j/mana/a/F5BtW5NF3KVT4NRnfM93pSs>. Acesso em: 10 jun. 2024

WITTIG, Monique (2022). O pensamento hétero e outros ensaios. Belo Horizonte: Autêntica.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (2019). ICD-11 for mortality and morbidity statistics. Version 2019 April. Geneva: WHO.

Published

2025-07-10

How to Cite

FELTRIN, Fábio; BRAZ, Emilia. The normal is technological: cisgenderism as somatechnics . Intellèctus, Rio de Janeiro, v. 24, n. 2, p. 93–111, 2025. DOI: 10.12957/intellectus.2025.89608. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/intellectus/article/view/89608. Acesso em: 26 jul. 2025.