A presença do cotidiano durante a ditadura civil-militar argentina (1976-1983): a perspectiva infantil no filme Kamchatka (2002)

Autores

  • Ygor Pires Monteiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

DOI:

https://doi.org/10.12957/intellectus.2021.61695

Palavras-chave:

Cinema, Filmes de temática histórica, Ditadura civil-militar argentina

Resumo

O artigo analisa o filme argentino Kamchatka (2002) a partir de um diálogo com o trabalho “O mito da sociedade como vítima: sociedades pós-ditatoriais em face de seu passado na Europa e na América Latina” de Bruno Groppo. No enredo do filme, o protagonista é um menino de 10 anos, cuja vida é alterada poucos dias após o golpe de Estado de 1976 na Argentina por conta da militância política dos pais. Como a obra se debruça sobre o cotidiano da personagem principal, é possível pensar como o cinema contribui para repensar memórias dicotômicas construídas em torno dos comportamentos sociais durante a ditadura civil-militar, nomeadas por Groppo como o “mito da sociedade resistente” e o “mito da sociedade vítima inocente”.

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Referências

Fontes

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Publicado

2021-12-30

Como Citar

PIRES MONTEIRO, Ygor. A presença do cotidiano durante a ditadura civil-militar argentina (1976-1983): a perspectiva infantil no filme Kamchatka (2002). Intellèctus, Rio de Janeiro, v. 20, n. 2, p. 143–161, 2021. DOI: 10.12957/intellectus.2021.61695. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/intellectus/article/view/61695. Acesso em: 9 maio. 2025.