A ARTE DA AUTOINVENÇÃO NO ROMANCE NOVE NOITES
DOI:
https://doi.org/10.12957/intellectus.2019.38140Palavras-chave:
Subjetividade, Factual, FictícioResumo
O presente trabalho investiga as relações entre o factual e o fictício no romance Nove Noites, de Bernardo Carvalho. O objetivo é elucidar como a subjetividade dos personagens é construída a partir da simbiose entre fatos reais e inventados. Analisa-se também como as classificações genéricas entre narrativa literária e narrativa científica (seja historiográfica, antropológica ou jornalística) são problematizadas pela forma como informações verídicas e relato fictício se relacionam na construção dessa obra romanesca. Para tanto, a análise ocorre em três níveis: a trajetória dos protagonistas, o processo de elaboração e a metaficção proposta pela obra romanesca e, por fim, a transformação de pessoas reais em narradores fictícios. Ao final da pesquisa, constata-se que, nestas três instâncias, as semelhanças e as diferenças, as verdades e as ilusões são conjugadas na construção da imagem que os sujeitos constroem para se mostrar ao mundo.
Referências
Fontes
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