Desperdício de alimentos em um hospital da região noroeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.12957/sustinere.2024.83672Palavras-chave:
Unidades de Alimentação e Nutrição, serviço hospitalar, desperdício alimentar, resto-ingesta, promoção da saúdeResumo
O desperdício de alimentos nos hospitais é uma questão preocupante que demanda políticas e práticas eficazes para garantir o uso responsável dos recursos alimentares e a redução do impacto ambiental. Objetivou-se através desse trabalho analisar o desperdício de alimentos em um hospital da Região Noroeste do Paraná. A coleta de dados ocorreu durante 14 dias distintos, com os servidores da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), clínica médica (pacientes e acompanhantes) e pediatria (acompanhantes). Foi quantificado a sobra limpa e suja do refeitório, realizado o cálculo do resto-ingesta e estimado a quantidade de pessoas que poderiam ser alimentadas com as sobras sujas e resto-ingesta. Os resultados encontrados para o resto-ingesta dos servidores da UTI foram de 16,3% no almoço e 27,5% no jantar, para os pacientes 36,7% do almoço e 34,8% no jantar, e dos acompanhantes 23,7% no almoço e 32,8% no jantar, valores esses acima dos preconizados na literatura. As dietas hipossódica e geral no almoço apresentam as maiores porcentagens médias de resíduos. Em relação aos diferentes setores, na UTI o resto-ingesta foi significativamente maior no jantar (27,5%) do que no almoço (16,3%). Com a sobra suja do refeitório, 35 refeições/dia a mais poderiam ser servidas. Com o resto-ingesta de todos os setores avaliados, 74 refeições/dia a mais. Os percentuais de desperdício encontrados no presente estudo estão acima do recomendado pela literatura. Assim, o planejamento e controle do desperdício deve ser incentivado diariamente, objetivando menores custos para a instituição e redução de danos ao meio ambiente.
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