Diferenças existentes entre cisticercose e teníase. Quais os danos dessas duas doenças nas crianças?

Autores

  • Ana Raquel Silva Santana Faculdade JK. Gama, Distrito Federal, Brasil.
  • João Paulo Santana de Sousa Faculdade JK. Gama, Distrito Federal, Brasil.
  • Paula Adriana Marques dos Santos Faculdade JK. Gama, Distrito Federal, Brasil.
  • Krislayne Veras Alexandre Centro Universitário do Desenvolvimento do Centro-Oeste (UNIDESC). Luziânia, Goiás, Brasil.
  • Leonardo Moreira Rabelo Centro Universitário do Desenvolvimento do Centro-Oeste (UNIDESC). Luziânia, Goiás, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-1610-4800
  • Gabriela Meira Moura Rodrigues Centro Universitário do Desenvolvimento do Centro-Oeste (UNIDESC). Luziânia, Goiás, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.12957/sustinere.2021.57722

Resumo

Resumo: As enfermidades teníase e cisticercose podem ser vistas como sendo a mesma doença, mas não é o caso, pois as duas enfermidades possuem características próprias e os danos que elas causam ao ser humano ocorrem de acordo com as peculiaridades de cada doença. Essas patologias estão presentes principalmente em países subdesenvolvidos, mas por causa da imigração estão presentes em nações desenvolvidas. Desta forma, torna-se importante o cuidado dos profissionais de saúde, em especial o enfermeiro, no combate a essas doenças Objetivo: Descrever as principais diferenças entre cisticercose e teníase, explicar os impactos dessas doenças nas crianças, expor suas epidemiologias, exemplificar as suas profilaxias e apontar o papel do enfermeiro frente a essas enfermidades. Metodologia: Artigo elaborado por meio de Revisão Bibliográfica. Foi realizada uma busca nas plataformas PubMed, Google Acadêmico, Scielo e Ministério da Saúde. Sendo utilizadas ao todo 50 fontes, publicadas de 2000 a 2019. Os critérios de inclusão foram o uso de informações recentes e que abordassem com o assunto proposto e excluídos os estudos anteriores a 2000 e que fugissem da temática apresentada. Conclusão: A teníase e cisticercose são patologias distintas. A teníase ocorre devido a presença de T. solium adulta ou T. saginata e a cisticercose é derivada da fase larvária da T. solium, que pode ser letal. Portanto, é fundamental saber as peculiaridades de cada uma, para que as medidas de prevenção sejam aplicadas, pincipalmente nas crianças, pois são o grupo alvo das infecções parasitarias.

Referências

ALMEIDA, D. O. et al. Cisticercose bovina em matadouro-frigorífico sob inspeção sanitária no município de Teixeira de Freitas-BA: prevalência da enfermidade e análise anatomopatológica de diagnósticos sugestivos de cisticercose. Revista Brasileira Ciências Veterinárias, [s.l.], v. 13, n. 3, p. 178-182, 2006.

ARRIOLA, C. S. et al. New insights in cysticercosis transmission. PLoS Neglected Tropical Diseases, [s.l.], v. 8, p. 1-4, 2014.

AULER, M. E. et al. Saúde itinerante nos centros municipais de educação infantil do município de Guarapuava - PR; Os desafios da promoção da saúde em crianças expostas a doenças parasitárias. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 22, n. 1, p. 33-41, jan./abr. 2018.

BERNARDES, L. S. et al. Uso de metodologias alternativas no ensino de ciências: um estudo realizado com o conteúdo de serpentes. Ensino, Saude e Ambiente, [s.l.], v. 9, n. 1, p. 63-76, 29 maio 2016.

BHATTARAI, R. et al. Pre-hospitalization, hospitalization, and post-hospitalization costs of patients with neurocysticercosis treated at the Instituto Nacional de Neurologia y Neurocirugia (INNN) in Mexico City, Mexico. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, [s.l.], v. 60, p. 1-11, 28 maio 2018.

BORGES, W. F.; MARCIANO, F. M.; OLIVEIRA, H. B. Parasitos intestinais: elevada prevalência de Giardia lamblia em pacientes atendidos pelo serviço público de saúde da região sudeste de Goiás, Brasil. Revista de Patologia Tropical, [s.l.], v. 40, n. 2, p. 149-158, 6 jul. 2011.

BOURÉE, P. Parasitoses intestinales infantiles. Journal de Pédiatrie Et de Puériculture, [s.l.], v. 26, n. 5, p. 268-278, out. 2013.

BRASIL. Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007. Institui o Programa Saúde na Escola - PSE, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil: Brasília, 5 dez. 2007.

BRASIL. Teníase X Cisticercose. 200-?. Disponível em: . Acesso em: 29 maio 2019.

BRASIL. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2010b.

BRASIL. Relações internacionais do agronegócio. 2010a. Disponível em: . Acesso em: 26 maio 2019.

BURGER, K. P. et al. Complexo teniose-cisticercose: ocorrência em abatedouro de bovinos e conhecimento de estudantes do ensino médio e consumidores do Estado de São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Ciência Veterinária, Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, p. 23-27, 2015.

CARPIO, A. et al. Neurocysticercosis: the good, the bad, and the missing. Expert Review Of Neurotherapeutics, [s.l.], v. 18, n. 4, p. 289-301, 14 mar. 2018.

CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION (CDC). Database and statistics software for public health professionals. 2017. Disponível em: . Acesso em: 26 maio 2019.

CORAL-ALMEIDA, M. C. et al. Taenia solium human cysticercosis: a systematic review of sero-epidemological data from endemic zones around the world. PLoS Neglected Tropical Diseases, [s.l.], v. 9, p. 1-20, 2015.

EDIA-ASUKE, A. U. et al. Seroprevalence of human cysticercosis and its associated risk factors among humans in areas of Kaduna metropolis, Nigeria. Journal of Infection in Developing Countries, [s.l.], v. 9, p. 799-805, 2015.

FERREIRA, M. U. Parasitologia contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

FREI, F.; JUNCANSEN, C.; RIBEIRO-PAES, J. T. Levantamento epidemiológico das parasitoses intestinais: viés analítico decorrente do tratamento profilático. Cadernos de Saúde Pública, [s.l.], v. 24, n. 12, p. 2919-2925, dez. 2008.

GONZAGA, N. C. et al. Enfermagem: promoção da saúde de crianças e adolescentes com excesso de peso no contexto escolar. Rev. Esc. Enferm., [s.l.], v. 48, n. 1, p.153-161, fev. 2014.

GUARDA, K. X.; COSTA-CRUZ, J. M.; BARCELOS, I. S. C. Seroprevalence of human cysticercosis in Jataí, Goiás state, Brazil. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, [s.l.], v. 22, p. 146-149, 2018.

HEUKELBACH, J.; OLIVEIRA, F. A. S.; FELDMEIER, H. Ectoparasitoses e saúde pública no Brasil: desafios para controle. Cadernos de Saúde Pública, [s.l.], v. 19, n. 5, p. 1535-1540, out. 2003.

HOBBS, E. C. et al. Taenia solium from a community perspective: Preliminary costing data in the Katete and Sinda districts in Eastern Zambia. Veterinary Parasitology, [s.l.], v. 251, p. 63-67, fev. 2018.

HOBERG, E. P. et al. A phylogenetic hypothesis for species of the genustaenia (eucestoda: taeniidae). Journal Of Parasitology, [s.l.], v. 86, n. 1, p. 89-98, fev. 2000.

JUSTINO, D. C. P. et al. Avaliação de atitudes diante da prevenção de enteroparasitoses em escolares. Revista Ciência Plural, v. 4, n. 3, p. 31-42, 4 abr. 2019.

LIMA, C. M. B. L. et al. Intervenção educativa no conhecimento das geo-helmintíases em escola municipal. Rev. Ciênc. Ext., [s.l.], v. 13, n. 1, p. 91-101, 2017.

LOLLI, M. C. G. S. et al. Manipuladores de alimentos de creches municipais e enteroparasitoses: uma análise de indicadores sócio epidemiológicos. Revista UNINGÁ, [s.l.], v. 32, n. 1, dez. 2017.

LUZ, P. A. C. et al. Características da cisticercose bovina e a prevalência no território nacional. Revista Acadêmica Ciências Agrárias e Ambiental, [s.l.], v. 11, n. 2, p. 197-203, 2013.

MAGALHÃES, F. C. et al. Diagnóstico e fatores de risco do complexo teníase-cisticercose bovina no município de Salinas, Minas Gerais. Pesquisa Veterinária Brasileira, [s.l.], v. 37, n. 3, p. 205-209, mar. 2017.

MARTINS, G.A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

MARTINS-MELO, F. R. et al. Neurocysticercosis - related mortality in Brazil, 2000-2011: epidemiology of a neglected neurologic cause of death. Acta Tropica, [s.l.], v. 153, p. 128-136, 2016.

MELO, F. R. M. et al. Neurocysticercosis – related mortality in Brazil, 2000-2011: epidemiology of a neglected neurologic cause of death. Acta Tropica, [s.l.], v. 153, p. 128-136, 2016.

MIRANDA, S. V. C. Atuação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) frente às principais parasitoses intestinais. 2013. Dissertação (Trabalho de Conclusão de Curso) - Universidade Federal de Minas Gerais, Corinto, 2013.

MORAES, R. G.; LEITE, I. C.; GOULART, E. G. Parasitologia & micologia humana. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

MUÑOZ, S. S.; FERNANDES, A. P. M. Principais doenças causadas por helmintos. 200-?. Disponível em: . Acesso em: 31 jul. 2019.

OLIVEIRA, H. B. et al. Anti-Taenia solium metacestode IgG antibodies in serum samples from inhabitants of a central-western region of Brazil. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, [s.l.], v. 48, p. 49-52, 2006.

OLIVEIRA, J. L. L. Parasitoses intestinais: o ensino como ferramenta principal na minimização destas patologias. 2013. 76 f. Dissertação (Mestrado) - Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, 2013.

OPENSHAW, J. J. et al. Prevalence and risk factors for Taenia solium cysticercosis in school-aged children: A school based study in western Sichuan, People’s Republic of China. Plos Neglected Tropical Diseases, [s.l.], v. 12, n. 5, 8 maio 2018.

PFUETZENREITER, M. R.; PIRES, F. D. Á. Epidemiologia da teníase/cisticercose por Taenia solium e Taenia saginata. Ciência Rural, [s.l.], v. 30, n. 3, p. 541-548, jun. 2000.

PIRES, L. M.; QUEIRÓS, O. S.; MURANI, D. B. A enfermagem no contexto da saúde do escolar: revisão integrativa da literatura. Rev. enferm. UERJ, [s.l.], v. 20, p. 668-675, dez. 2012.

RASCHE, A. S.; SANTOS, M. S. S. Enfermagem escolar e sua especialização: uma nova ou antiga atividade. Rev. Bras. Enferm., [s.l.], v. 66, n. 4, jul./ago. 2013.

RON-GARRIDO, L. et al. Distribution and potential indicators of hospitalized cases of neurocysticercosis and epilepsy in Ecuador from 1996 to 2008. PLoS Neglected Diseases and Tropical, [s.l.], v. 9, p. 1-21, 2015.

SANTOS, J. M. G.; BARROS, M. C. R. B. Cysticercus bovis e Cysticercus cellulosae: endoparasitas de importância no comercio de carne. Revista em Agronegócio e Meio Ambiente, [s.l.], v. 2, n. 1, p. 21­39, 2009.

SILVA, Á. K. et al. Intervenção educativa sobre higienização das mãos para crianças na prevenção de parasitoses. Revistas Interfaces, [s.l.], v. 7, n. 1, p. 210-214, 2019.

SILVA, E. F. et al. Enteroparasitoses em crianças de áreas rurais do munícipio de Coari, Amazonas, Brasil. Revista de Patologia Tropical, [s.l.], v. 38, n. 1, p. 35-43, 2009.

SOUSA, L. M. C. Estudo coproparasitológico e epidemiológico do complexo teníasecisticercose em habitantes do município de Marizópolis–Paraíba. 2015. Dissertação (Trabalho de Conclusão de Curso) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2015.

THOMAS, L. F. et al. Prevalence of Taenia solium cysticercosis in pigs entering the food chain in Western Kenya. Tropical Animal Health and Production, [s.l.], v. 48, p. 233-238, 2016.

VERHAGEN, L. M. et al. High Malnutrition Rate in Venezuelan Yanomami Compared to Warao Amerindians and Creoles: Significant Associations WITH Intestinal Parasites and Anemia. Plos One, [s.l.], v. 8, n. 10, 15 out. 2013.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Taeniasis/cysticercosis. 2019. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2019.

WORLD ORGANISATION FOR ANIMAL HEALTH (OIE) / WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO) / FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION (FAO). Guidelines for the surveillance, prevention and control of taeniosis/cysticercosis. 2005. Disponível em: . Acesso em: 31 jul. 2019.

ZAMMARCHI, L. et al. Screening, diagnosis and management of human cysticercosis and Taenia solium taeniasis: technical recommendations by the COHEMI project study group. Tropical Medicine and International Health, [s.l.], v. 22, p.881-894, 2017.

Downloads

Publicado

27-01-2022

Como Citar

Silva Santana, A. R., Santana de Sousa, J. P., Marques dos Santos, P. A., Veras Alexandre, K., Moreira Rabelo, L., & Meira Moura Rodrigues, G. (2022). Diferenças existentes entre cisticercose e teníase. Quais os danos dessas duas doenças nas crianças?. Revista Sustinere, 9(2), 716–730. https://doi.org/10.12957/sustinere.2021.57722

Edição

Seção

MATERIAL DIDÁTICO