Pantanal, tudo fica bem quando o fogo se apaga?

Autores

  • Thais Pereira Chaves Universidade do Estado do Rio de Janeiro https://orcid.org/0000-0002-6754-7532
  • Sabrina Monteiro Souza Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Antônio Carlos de Freitas Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.12957/sustinere.2020.56009

Palavras-chave:

Educação Ambiental

Resumo

A questão das queimadas nos Biomas brasileiros é recorrente, entanto, no Pantanal, uma queimada nessa proporção é inédita. As consequências são proporcionais a extensão das áreas queimadas, o que acarreta prejuízos para o Bioma e consequentemente, para a sua biodiversidade. Após o fim das queimadas, com o trabalho intenso dos brigadistas e voluntários e também, com a chegada das chuvas, o prejuízo não cessa. O solo perdeu boa parte da sua flora nativa; os animais que tinham mais mobilidade fugiram da área, outros não tiveram a mesma sorte e morreram queimados. Os que sobreviveram, sofrerão com a falta de alimento e abrigo. O equilíbrio ecológico foi afetado de forma significativa e a sua recuperação levará tempo. As cinzas depositadas no solo serão carreadas para a atmosfera e para os rios e lagos, alterando as suas características físicas e químicas e, mesmo aqueles animais que vivem na água, sofrerão as consequências indiretas das queimadas. Apesar da sua resiliência, será necessário o acompanhamento da recuperação do Bioma Pantanal. Este trabalho trás uma reflexão das possíveis consequências dessa queimada e também, dos desafios que serão enfrentados pelas espécies nativas deste bioma.

Biografia do Autor

Thais Pereira Chaves, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Estagiária bolsista de Iniciação Científica do Laboratório do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais(LARAMG). Núcleo de Fotografia Científica Ambiental – (BioCenas).

Sabrina Monteiro Souza, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Graduanda em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Estagiária voluntária do LARAMG-Laboratório do Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais.            Núcleo de Fotografia Científica Ambiental – (BioCenas).

Antônio Carlos de Freitas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Bacharel em Física (1983) e Licenciado em Física (1986) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Biologia (Biociências Nucleares) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1991) e Doutor em Ciências (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1997). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Biofísica e Biometria do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, desenvolvendo atividades científicas e acadêmicas no Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais - LARAMG. Atua na área de Biofísica, trabalhando nas seguintes linhas de pesquisa: Radioecologia, Mudanças Globais, Biodiversidade e Fotografia Científica. Responsável pela criação no Núcleo de Fotografia Científica Ambiental - BioCenas no LARAMG, onde desenvolve trabalhos de pesquisa usando a fotografia como método científico e de divulgação.

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Publicado

21-12-2020

Como Citar

Chaves, T. P., Souza, S. M., & Freitas, A. C. de. (2020). Pantanal, tudo fica bem quando o fogo se apaga?. Revista Sustinere, 8(2), 592–606. https://doi.org/10.12957/sustinere.2020.56009