Análise geo-espacial de malária no município de Cametá - PA, no período de 2008 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.12957/sustinere.2020.50813Palavras-chave:
Amazônia, Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Infecto-parasitáriaResumo
A malária é uma doença parasitária grave, que representa um importante problema de saúde pública. O presente estudo teve como objetivo avaliar os principais aspectos epidemiológicos da malária no período de 2008 a 2018. Trata-se de um estudo descritivo – exploratório desenvolvido no município de Cametá, Pará, Brasil. As amostras foram obtidas do banco de dados SIVEP-Malária do Ministério da Saúde e a ferramenta Google Earth, para mapeamento das prováveis áreas de infecção. No ano de 2012, foram notificados 2340 casos
de agravos de malária no município, representando uma redução de 83% em comparação ao ano de 2011, a incidência parasitária anual foi de 13,73 casos/1000 habitantes em 2011 e 2,34 casos/1000 habitantes no ano de 2012, representando uma redução de 83%. No entanto, houve um aumento de 68,4% no ano de 2018 em relação ao ano de 2017. Identificou-se que a espécie de Plasmodium predominante foi o P. vivax com 23.723 casos, seguido do P.
falciparum com 86 casos e um caso com o P. malariae. Observou-se que 418 casos foram confirmados no teste rápido para alguma espécie parasitária que não seja P. falciparum e 15 casos houve a presença de duas espécies de Plasmodium. O georeferenciamento permitiu observar áreas de prováveis infecções na zona urbana do município, bem como nas áreas rurais do distrito. É de suma importância a descentralização do sistema de saúde, para que as
medidas de tratamento, principalmente os medicamentos antimaláricos, e prevenção estejam ao alcance dos indivíduos que vivem em áreas de risco da infecção.
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