Representação social acerca da assistência de enfermagem prestada a mulheres grávidas usuárias de crack na Maternidade e Centro Obstétrico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/sustinere.2021.49933

Palavras-chave:

Mulheres, Gravidez, Cocaína Crack, Pessoal de Saúde, Enfermagem.

Resumo

Este estudo objetiva-se conhecer as representações sociais de enfermeiras que atuam em Maternidade e Centro Obstétrico acerca da assistência de enfermagem prestada à mulher grávida usuária de crack nos setores. Trata-se de uma pesquisa qualitativa. Usou como referencial teórico a Teoria das Representações Sociais. Participaram 14 enfermeiras que atuavam na maternidade e centro obstétrico. Os dados foram coletados em 2018 por entrevistas semiestruturadas e analisados pela técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. O projeto teve aprovação, sob o número 113/2018 e CAAE 90845618.3.0000.5324. Os resultados revelaram que a preocupação da equipe é com o bebê que irá nascer. Muitas mulheres são tratadas com preconceito, tanto pelos médicos como enfermeiros. As crenças, valores dos profissionais influenciam na forma como são tratadas. As mulheres usuárias de crack são marginalizadas, e por vezes não possuem as mesmas chances que as outras pessoas. Conclui-se que é necessária a capacitação dos profissionais de saúde que atuam na assistência a essas mulheres, afim de qualificar o cuidado a estas mulheres, para minimizar o estigma que envolve a temática do uso de crack e do ser mulher gestante.

.

Biografia do Autor

Jeferson Ventura, Universidade Federal do Rio Grande

Enfermeiro, Doutor em Enfermagem pelo PPGEnf-FURG. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Enfermagem e Saúde da Criança e do Adolescente (GEPESCA)

Giovana Calcagno Gomes, Universidade Federal do Rio Grande

Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Docente FURG. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Enfermagem e Saúde da Criança e do Adolescente (GEPESCA)

Juliane Scarton, Universidade Federal do Rio Grande

Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa: Gerenciamento Ecossistêmico em Enfermagem/Saúde (GEES/CNPq)

Deisa Salyse dos Reis Cabral Semedo, Universidade De Cabo Verde

Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela FURG. Docente da Universidade de Cabo Verde (UNIVC)- África

Rosiane Filipin Rangel, Universidade Franciscana - UFN

Enfermeira. Doutora em Enfermagem pela FURG. Docente da Universidade Franciscana - UFN. Membro do GEES/CNPq

Maria Helena Gehlen, Universidade Franciscana - UFN

Enfermeira. Doutora em Gerontologia pela PUC-POA. Docente da Universidade Franciscana - UFN. Membro do GEPEFES/CNPq

Referências

ANTUNES, Marcos Benatti; DEMITTO, Marcela de Oliveira; PADOVANI, Camila; ELIAS, Kelye Cristina de Moura; MIRANDA, Antonio Carlos Monteiro de; PELLOSO, Sandra Marisa. Desfecho perinatal em gestantes usuárias de drogas atendidas em um centro especializado. SMAD Revista ElectronicaSalud Mental, Alcohol y Drogas, v. 14, n. 4. 2018.

BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução 466, de 11 e 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos, Brasilia-DF.2012.

BOSKA, Gabriella de Andrade; CESÁRIO, Letícia; CLARO, Heloísa Garcia; OLIVEIRA, Márcia Aparecida Ferreira de; DOMÂNICO, Andrea; FERNANDES Ivan Filipe de Almeida Lopes. Vulnerabilidade para o comportamento sexual de risco em usuários de álcool e outras drogas. SMAD Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas (Edição em Português), v. 13, n. 4, p. 189-195, 2017.

CALHEIROS, Paulo Renato Vitória; MORAIS, Paulo Rogério; FÉLIX-JUNIOR, Itamar José; SILVA, Leila Gracieli da; ALMEIDA, Marta de. Estratégias de enfrentamento do craving em dependentes de crack em tratamento em Comunidades Terapêuticas. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas, v. 15, n. 2, p. 12-19. 2019.

OLIVEIRA, Paola de Oliveira Camargo1Michele Mandagará de; HERREIRA, Lieni Fredo; MARTINS, Maria de Fátima Duarte; KANTORSK, Camila Feijó Luft1Luciane Prado. O enfrentamento do estigma vivido por mulheres/mães usuárias de crack. SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas, v. 14, n. 4, p. 196-202. 2018.

LEFEVRE, Fernando; LEFEVRE, Ana Maria Cavalcanti. Pesquisa de Representação Social. Um enfoque qualiquantitativo. Brasilia (DF): Liberlivro. 2012.

MEDEIROS, Katruccy Tenório; MACIEL, Silvana Carneiro; SOUSA, Patrícia Fonseca de; VIEIRA Giselli Lucy Souza. Vivências e Representações sobre o Crack: Um Estudo com Mulheres Usuárias. Psico-USF, Bragança Paulista, v. 20, n. 3, p. 517-528. 2015.

MINAYO, Maria Cecilia Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14ª ed. São Paulo: Hucitec, 2014.

MACIEL, Luísa; SCHNEIDER, Jaluza Aimèe; CHAMBART, Daniela; OLIVEIRA, Rodrigo Grassi; HABIGZANG, Luísa Fernanda. Percepções de Profissionais sobre Atendimentos em Saúde para Mulheres Usuárias de Crack. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 40, 2020.

OLIVEIRA, Robson de. O Assistente Social e os processos de

criminalização e patologização da população em situação de rua. Sociedade em Debate, v. 26, n. 1, p. 122-134, 2020.

OLIVEIRA, Érika Barbosa de; PEREIRA, Silva Adriana Lenho de Figueiredo; PENNA, Lúcia Helena Garcia. Estereótipos de gênero no cuidado psicossocial das usuárias de cocaína e crack. Cadernos de Saúde Pública, v. 34, p. e00110317, 2018.

UNODC. United Nations Office on Drugsand Crime. World drugreport 2015. New York, United Nations. https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/frontpage/2015/06/relatorio-mundial-sobre-drogas-de-2015--o-uso-de-drogas-e-estavel--mas-o-acesso-ao-tratamento-da-dependencia-e-do-hiv-ainda-e-baixo.html

VENTURA, Jeferson; GOMES, Giovana Calcagno; SCARTON, Juliane; SILVA, Camila Daiane; XAVIER, Daiani Modernel; PERIM, Laura Fontoura. Representações sociais de enfermeiras acerca do cuidado que mulheres usuárias de crack prestam ao recém-nascido. Revista de Psicologia, v.11 n2, p. 81-89. 2020.

XAVIER, Daiani Modernel; GOMES, Giovana Calcagno; RIBEIRO, Juliane Portella; MOTA, Marina Soares; ALVAREZ, Simone Quadros; SILVA, Mara Regina Santos da. Puérperas usuárias de crack: dificuldades e facilidades enfrentadas no cuidado ao recém-nascido. Aquichan, v. 18, n. 1, p. 32-42. 2018.

WRONSKI, Jéssica Luana; PAVELSKI, Thais; GUIMARÃES, Andréa Noeremberg; ZANOTELLI, Silvana dos Santos; SCHNEIDER, Jacó Fernando; BONILHA, Ana Lúcia de Lourenzi. Uso do crack na gestação: vivências de mulheres usuárias. Rev enferm UFPE on line., Recife, v. 10, n. 4, p. 1231-9. 2016.

Downloads

Publicado

27-01-2022

Como Citar

Ventura, J., Gomes, G. C., Scarton, J., Semedo, D. S. dos R. C., Rangel, R. F., & Gehlen, M. H. (2022). Representação social acerca da assistência de enfermagem prestada a mulheres grávidas usuárias de crack na Maternidade e Centro Obstétrico. Revista Sustinere, 9(2), 447–462. https://doi.org/10.12957/sustinere.2021.49933