Análise do conforto ambiental e ergonômico em uma instituição de ensino

Autores

  • Eduardo Nunes Magalhães Instituto Federal do Triângulo Mineiro
  • Ester Melo Vieira Aluna do Ensino Básico Técnico e Tecnológico. Curso Técnico em Mineração. Instituto Federal do Triângulo Mineiro Campus Patos de Minas, MG

DOI:

https://doi.org/10.12957/sustinere.2017.30168

Palavras-chave:

Ergonomia, Escola, Conforto Ambiental, Educação

Resumo

O senso comum para o trabalho tem sido de punição,  desgaste ou de exploração, o que vem mudando nos últimos anos graças aos investimentos acadêmicos e empresariais na busca pela melhoria na relação do homem com sua atividade laboral. Essa reorganização do pensamento e das atitudes com relação ao trabalho é motivada pela busca de uma qualidade de vida associada ao conforto ambiental e ergonômico, que buscam como objetivo primordial diminuir ou eliminar o aparecimento de doenças ocupacionais advindos das atividades relacionadas ao desempenho de uma função trabalhista. Nesse sentido, o termo conforto ambiental e ergonômico denotam a interdisciplinaridade entre diversos fatores, tais como: condições do ambiente de trabalho, familiar, condições psicossomáticas prévias ou adquiridas ao longo da vida, a fim de se obter uma correlação que permita ao trabalhador conhecimento suficiente para produzir qualidade de vida, e uma satisfação natural no desenvolvimento de suas atividades. O presente trabalho aborda, em específico, a atividade dos profissionais de educação; tanto técnicos administrativos quanto docentes no ambiente do Instituto Federal do Triângulo Mineiro; Campus Patos de Minas; por meio da aplicação de uma técnica conhecida como Análise Ergonômica do Trabalho – AET . Essa técnica consiste na utilização de entrevistas e análises físicas do ambiente (IBUTG, ruídos e iluminância) através de medições padronizadas pelas Normas Regulamentadoras 17 e 15 do Ministério do Trabalho. Percebeu-se que, no geral, a condição dos servidores é satisfatória, porém, há também um desconhecimento referente à ergonomia pelos técnicos administrativos e professores. Demonstrou-se que o mobiliário, no geral, apresenta-se fora dos padrões recomendado, e que quanto as variáveis físicas medidas apenas a temperatura encontra-se fora dos padrões recomendados pela norma. Para uma análise mais profunda faz se necessário que o estudo seja aplicado ao longo dos anos para melhor compreensão da atividade.

Biografia do Autor

Eduardo Nunes Magalhães, Instituto Federal do Triângulo Mineiro

Possui graduação em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Lavras (2006) e mestrado em Ciência do Solo pela Universidade Federal de Lavras (2007). Professor do Instituto Federal Goiano campus Urutaí e Catalão, atualmente é professor Ensino Básico Técnico e Tecnológico do Instituto Federal do Triângulo Mineiro. Tem experiência na área sucroalcooleira e Engenharia de Minas, com ênfase em Extração Mineral, recuperação de áreas degradadas e direitos ambientais e minerais.

Ester Melo Vieira, Aluna do Ensino Básico Técnico e Tecnológico. Curso Técnico em Mineração. Instituto Federal do Triângulo Mineiro Campus Patos de Minas, MG

Possui ensino-fundamental-primeiro-grau pelo Centro Educacional Renascença(2012). Tem experiência na área de Engenharia de Minas.

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Publicado

16-01-2018

Como Citar

Magalhães, E. N., & Vieira, E. M. (2018). Análise do conforto ambiental e ergonômico em uma instituição de ensino. Revista Sustinere, 5(2), 317–337. https://doi.org/10.12957/sustinere.2017.30168