INQUIETAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO E DEMOCRACIA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Esmael Alves de Oliveira; Aguinaldo Rodrigues Gomes; Tatiane Pereira Muniz; Jorge Augusto de Jesus Silva

doi:10.12957/riae.2020.51647

INQUIETAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO E DEMOCRACIA EM TEMPOS DE PANDEMIA

Esmael Alves de Oliveira, Aguinaldo Rodrigues Gomes, Tatiane Pereira Muniz, Jorge Augusto de Jesus Silva

Resumo

No presente artigo, a partir de uma perspectiva transdisciplinar, objetivamos refletir sobre as dimensões político-sociais da pandemia de Covid-19 no Brasil a partir dos marcadores sociais de diferença e que atravessam o debate sobre educação e democracia. Por meio de nossas experiências pessoais enquanto docentes de instituições de ensino superior e de dados que mostram os efeitos sociais da crise, esperamos desvelar os dispositivos de violência e autoritarismo que perpassam as políticas de saúde no Brasil contemporâneo. Em nossa incursão, para além do diálogo com autores como Arendt (2013), Santos (2020), Agamben (2020), Mbembe (2016), será fundamental a noção de “efeito colateral”. Ela nos desafia a não perdermos de vista que as discussões sobre a pandemia não se reduzem a uma dimensão epidemiológica e/ou biomédica, antes, articuladas por relações de saber-poder, ressoam diretamente nas táticas necropolíticas de um “fazer viver, deixar morrer”.

Palavras-chave

Covid-19, Marcadores sociais de diferença, Educação, Democracia

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