BEBÊS E CRIANÇAS BEM PEQUENAS NO DEBATE SOBRE CULTURA INFANTIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/riae.2020.45966

Palavras-chave:

Bebês, Crianças bem pequenas, Subalternidade, Cultura infantil, Sociologia da Infância.

Resumo

 Este artigo busca apresentar o modo pela qual os bebês e as crianças bem pequenas estão inseridos no debate acadêmico sobre cultura e cultura infantil. Sob inspiração cartográfica e permeando o campo dos Estudos da Infância, apresenta-se o recorte de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida junto à um Programa de Pós-Graduação em Educação. Dentre seus resultados, comenta-se o modo como estes sujeitos são caracterizados pela subalternidade em perspectivas e estudos que não consideram suas agências e sua potência criadora, assim como suas linguagens e formas específicas de produzir cultura. Outros olhares sobre a infância tornam-se emergentes neste cenário.

 

Biografia do Autor

Andrea Braga Moruzzi, Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas Programa de Pós-Graduação em Educação Universidade Federal de São Carlos Sociologia da Infância

 

Docente do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas, do Centro de Educação e Ciências Humanas da UFSCar. Atua no curso de Pedagogia da UFSCar, nas áreas Educação Infantil e Sociologia da Infância. 

Giovana Alonso, Programa de Pós-Graduação em Educação Universidade Federal de São Carlos

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSCar, professora de bebês, pesquisa educação infantil e Sociologia da Infância

Referências

ABRAMOWICZ, Anete; OLIVEIRA, Fabiana. A Sociologia da Infância no Brasil: uma área em construção. Educação, v. 35, n. 1, p. 39-52, 2010.

ABRAMOWICZ, Anete (org.). Estudos da Infância no Brasil: encontros e memórias. São

Carlos: EdUFSCar, 2015.

ABRAMOWICZ, Anete; LEVCOVITZ, Diana; RODRIGUES, Tatiane Cosentino. Infâncias em Educação Infantil. Pro-Posições, Campinas, v. 20, n. 3, p. 179-197, 2009.

ARIÈS, Phillippe. A história Social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1982, p. 17-32.

BADINTER, Elisabeth. Um amor conquistado: o mito do amor materno. Tradução de Waltensir Dutra. Rio deJaneiro: Nova Fronteira, 1985.

BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Culturas infantis: contribuições e reflexões. Rev. Diálogo Educ., v. 14, n. 43, p. 645-667, 2014.

BARBOSA, Maria Carmen Silveira; RICHTER, Sandra Regina Simonis; DELGADO, Ana Cristina Coll. Educação Infantil: tempo integral ou educação integral? Educação em Revista, v. 31, n. 04, p. 95-119, 2015.

BRASIL. Prática cotidianas na Educação Infantil: bases para a reflexão sobre as orientações curricualares. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009.

CAMPOS, Rafaely Karolynne do Nascimento; RAMOS, Tacyana Karla Gomes. Participação social de crianças em brincadeiras: aproximações às culturas da infância na educação infantil. Zero a seis, v. 21, n. 38, p. 51-66, 2019.

COHN, C. Antropologia da Criança. Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 2005.

COSTA, Dânia Monteiro Vieira; GONTIJO, Cláudia Maria Mendes. A linguagem oral como elemento integrante da brincadeira. Cadernos de Pesquisa, v. 41, n. 142, 2011, p. 268-289

DELGADO, Ana Cristina Coll. Culturas infantis, tensões e negociações entre adultos e crianças numa creche domiciliar. Currículo sem Fronteiras, v. 6, n. 1, p. 82-102, 2006.

DESCARTES, René. Meditações. (Os Pensadores) São Paulo: Abril Cultural, 1983

FARIA, Ana Lúcia Goulart de. Pequena infância, educação e gênero: subsídios para um estado da arte. Cadernos pagu, 2006, P. 279-287.

FERNANDES, Florestan. As "Trocinhas" do Bom Retiro: Contribuição ao Estudo Folclórico e Sociológico da Cultura e dos Grupos Infantis. Pró-Posições, v.15, n. 1, 2004

GOBBATO, Carolina; BARBOSA, Maria Carmen Silveira. A (dupla) invisibilidade dos bebês e das crianças bem pequenas na educação infantil: tão perto, tão longe. Revista Humanidades e Inovação, v. 4, n. 1, 2017, p. 21-36

GUATTARI, Félix. As creches e a iniciação. In: Revolução Molecular: pulsações do desejo. Brasiliense: Rio de Janeiro, 1985, p. 50-55.

HALL, Stuart. Quando foi o pós-colonial? Pensando no limite. In: Diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG, Brasília: representação da UNESCO no Brasil, 2003, p. 101-128.

IZA, Dijnane Fernanda Vedovatto; MELLO, Maria Aparecida. Quietas e caladas: as atividades de movimento com as crianças na Educação Infantil. Educação em Revista, v. 25, n. 02, 2009, p. 283-302.

LOPES, Jader Jane Moreira. As crianças, suas infâncias e suas histórias: mas por onde andam suas geografias? Educ. foco, v. 13, n. 2, p. 31-44, 2009.

LOPES, Jader Janer Moreira. Geografia das Crianças, Geografia das Infâncias: as contribuições da Geografia para os estudos das crianças e suas infâncias. Contexto e Educação, ano 23, n. 79, 2008, p. 65-82.

LOPES, Jader Janer Moreira; VASCONCELLOS, Tânia de. Geografia da infância: territorialidades infantis. Currículo sem Fronteiras, v. 6, n. 1, p. 103-127, 2006.

MARTINS FILHO, Altino José. Práticas de socialização entre adultos e crianças, e estas entre si, no interior da creche. Pro-Posições, v. 19, n. 1, 2008, p. 97-114.

MORUZZI, Andrea Braga; ALONSO, Giovana. Os bebês interrogam a infância? Um estudo de bebês sob aportes sociológicos. In: TEBET, Gabriela. Estudos de bebês e diálogos com a Sociologia. São Carlos: Pedro e João Editores, 2019, p. 519-538.

NASCIMENTO, Maria Letícia B. P. A creche na Educação Infantil: entre o ofício e o direito. Estud. Sociol., Araraquara, v. 15, n. 29, p. 555-566, 2010.

NASCIMENTO, M. L. Algumas considerações sobre a infância e as políticas de educação infantil. Educação e Linguagem, v. 14, n. 23/24, p. 146-159, 2011.

OLIVEIRA-FORMOSINHO, Julia.; KISHIMOTO, Tizuko Morchida; PINAZZA, Monica Appezzato. (orgs). Pedagogia(s) da infância: dialogando com o passado: construindo o futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007.

PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana. Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015.

PIRES, Flávia. O que as crianças podem fazer pela antropologia? Horizontes antropológicos, ano 16, n. 34, p. 137-157, 2010.

PRADO, Patrícia Dias. As crianças pequenininhas produzem cultura? Considerações sobre educação e cultura infantil em creche. Pro-Posições, v. 10, n. 1, 1999, p. 110-118.

QUINTEIRO, J. Sobre e emergência de uma sociologia da Infância: contribuições para o debate. Perspectiva, Florianópolis, v. 20, n. Especial, p. 137-162, 2002.

RAFFAINI, Patricia Tavares. As meninas são de pano e os meninos são de chumbo? Cultura material e literatura. Secuencia, edición especial, p. 177-187, 2018.

SANTIAGO, Flávio. Gritos sem palavras: resistências das crianças pequenininhas negras frente ao racismo. Educação em Revista, v. 31, n. 02, p. 129-153, 2016.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Goulart Almeida, Marcos Pereira Feitosa, Andrea Pereira Feitosa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

SPRÉA, Nélio Eduardo; GARANHANI, Marynelma Camargo. A criança, as culturas infantis e o amplo sentido do termo brincadeira. Rev. Diálogo Educ., v. 14, n. 43, p. 717-735, 2014.

TEBET, G. G. C. Isto não é uma criança! Teorias e métodos para o estudo de bebês nas distintas abordagens da Sociologia da Infância de língua inglesa. 2013. 160 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2013).

Downloads

Publicado

21-05-2020

Como Citar

MORUZZI, Andrea Braga; ALONSO, Giovana. BEBÊS E CRIANÇAS BEM PEQUENAS NO DEBATE SOBRE CULTURA INFANTIL. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 6, n. 2, p. 653–675, 2020. DOI: 10.12957/riae.2020.45966. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/riae/article/view/45966. Acesso em: 29 mar. 2024.